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30/05/2003 - 12h54

Garotinho determina prisão do comandante do Batalhão de Choque

da Folha Online

O secretário da Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, determinou a prisão administrativa por 30 dias do comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, coronel Jorge Duarte.

Ana Carolina Fernandes/FI

Garotinho manda prender comandante de Batalhão

Segundo Garotinho, o coronel teve conhecimento da fuga do traficante Cláudio Roberto Pacheco, 37, o Sussuquinha, por meio do Disque-Denúncia. O coronel teria sido informado e mandado arquivar o documento com a informação.

O denunciante --provavelmente um policial militar-- passou detalhes da fuga. Disse que ela ocorreria entre terça-feira e ontem. Apesar disso, o coronel Duarte não tomou nenhuma providência. O denunciante disse ainda que, durante a fuga, o número de policiais foi reduzido.

Sussuquinha fugiu na madrugada de ontem, pela porta da frente do Batalhão. As grades da cela onde ele estava, desde 2 de maio, foram serradas. Há suspeitas de isso tenha ocorrido para "fingir" que o traficante teve dificuldade para escapar.

A informação de que haveria a fuga contribuiu para que o coronel fosse preso. "Isso e outras coisas provocaram a prisão, porque são muitas as evidências", disse Garotinho.

"Vagabundos"

O secretário também ordenou a prisão de 13 PMs que estavam de plantão durante a fuga. Garotinho disse que Sussuquinha escapou porque houve "conivência desses policiais vagabundos que sujam a imagem da Polícia Militar".

Garotinho disse ainda que os policiais que desafiarem sua autoridade "vão cair".

Vida bandida

Sussuquinha entrou para o mundo do crime roubando carros nos bairros da Abolição, Méier e Engenho de Dentro (zona norte). Depois, passou para o sequestro. É suspeito de estar envolvido em mais de 30, mas foi condenado por cinco.

Ele também e acusado de tráfico de drogas, receptação, falsificação de documentos e assaltos. Sussuquinha é acusado também de estar envolvido no assassinato da diretora do presídio de Bangu 1 Sidneya Santos de Jesus, em setembro de 2000.

Entre 1992 e 1996 ele esteve preso por alguns períodos na Polinter na zona portuária do Rio. Conseguiu fugir três vezes. Da última vez, escapou com um companheiro por meio de um buraco na parede do banheiro dos funcionários.

Em 1995 ele já havia escapado do presídio Hélio Gomes, no complexo Frei Caneca.

Traficantes famosos

O Batalhão de Choque abrigou presos famosos, como os traficantes Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP.

Eles foram transferidos de Bangu 1 após promoverem uma rebelião e matarem rivais, como o traficante Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê.

Beira-Mar foi transferido diversas vezes e agora está no presídio de Presidente Bernardes, em São Paulo.
 

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