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22/06/2003
-
03h31
da Folha de S.Paulo
Quando a Parada começar, na avenida Paulista, Kaka de Polly será uma borboleta gigante e azul. Depois, descendo a Consolação, Kaka vai virar uma fada, com todas as cores do arco-íris. No final, já na República, ela será uma "demônia", "toda negra e prata". Os modelos custaram R$ 4.000, diz.
A drag queen Kaka de Polly, 43, que durante a noite anima festas de todo tipo, durante o dia vira o psicólogo Carlos Policarpo, voluntário da ONG Associação Vida Positiva, de São Paulo.
"Escolhi a borboleta porque ela passa por metamorfoses como nós. Quando a noite chega, entramos no casulo e viramos outro."
Nivaldo Francisco da Silva, 44, também é psicólogo durante o dia. Tem consultório em que atende crianças e adultos e é voluntário numa casa de apoio. Também trabalha como funcionário administrativo do Hospital das Clínicas. À noite, Silva se transforma na drag Nina Ca$h, com cifrão mesmo. "É só para intrigar as pessoas, que assim acham que ganho muito. Mas me limito a animar algumas festas."
Na avenida Paulista, hoje, Nina Ca$h sairá com um corpete e uma saia tutu, "com as oito cores da bandeira gay". Não vai desfilar em carro algum. "Prefiro o chão da avenida. É bem mais animado."
Sissi Girl, 34, e Dindry Buck são donas da agência Drag Companhia. Fazem "telegrama animado" e são contratadas para animar casamentos, despedidas de solteiro, aniversários. Dindry tem mais prática como "odalisca" e "espanhola". A idade, ela não revela. "As drags são atemporais, estão acima do tempo."
Durante o dia, Dindry é o designer gráfico Albert Roggenbuck.
Na Parada, ela desfilará uma fantasia de fênix. "É uma homenagem aos gays e lésbicas que são obrigados a renascer, a cada dia, como a ave da mitologia grega."
Cinco noites por semana, Dindry é recepcionista da boate Freedom Club, no largo do Arouche, onde ela e as "colegas" se vestiram para as fotos.
Sua sócia na noite, Sissi Girl, poderá ser reconhecida pelo "cabelão loiro, bem cacheado", o salto de quase 20 cm, o corselete de pedraria e uma "saia muito curta". "Tenho pernas bem torneadas. Gosto de mostrá-las."
Durante o dia, Sissi Girl é Ailton de Almeida, dono de um instituto de beleza na Pompéia, região oeste. "De dia, sou empresário. À noite, viramos palhaços de luxo."
Especial
Confira a programação e acompanhe as notícias da parada
Psicólogo passará por "metamorfose" para a Parada de hoje
AURELIANO BIANCARELLIda Folha de S.Paulo
Quando a Parada começar, na avenida Paulista, Kaka de Polly será uma borboleta gigante e azul. Depois, descendo a Consolação, Kaka vai virar uma fada, com todas as cores do arco-íris. No final, já na República, ela será uma "demônia", "toda negra e prata". Os modelos custaram R$ 4.000, diz.
A drag queen Kaka de Polly, 43, que durante a noite anima festas de todo tipo, durante o dia vira o psicólogo Carlos Policarpo, voluntário da ONG Associação Vida Positiva, de São Paulo.
"Escolhi a borboleta porque ela passa por metamorfoses como nós. Quando a noite chega, entramos no casulo e viramos outro."
Nivaldo Francisco da Silva, 44, também é psicólogo durante o dia. Tem consultório em que atende crianças e adultos e é voluntário numa casa de apoio. Também trabalha como funcionário administrativo do Hospital das Clínicas. À noite, Silva se transforma na drag Nina Ca$h, com cifrão mesmo. "É só para intrigar as pessoas, que assim acham que ganho muito. Mas me limito a animar algumas festas."
Na avenida Paulista, hoje, Nina Ca$h sairá com um corpete e uma saia tutu, "com as oito cores da bandeira gay". Não vai desfilar em carro algum. "Prefiro o chão da avenida. É bem mais animado."
Sissi Girl, 34, e Dindry Buck são donas da agência Drag Companhia. Fazem "telegrama animado" e são contratadas para animar casamentos, despedidas de solteiro, aniversários. Dindry tem mais prática como "odalisca" e "espanhola". A idade, ela não revela. "As drags são atemporais, estão acima do tempo."
Durante o dia, Dindry é o designer gráfico Albert Roggenbuck.
Na Parada, ela desfilará uma fantasia de fênix. "É uma homenagem aos gays e lésbicas que são obrigados a renascer, a cada dia, como a ave da mitologia grega."
Cinco noites por semana, Dindry é recepcionista da boate Freedom Club, no largo do Arouche, onde ela e as "colegas" se vestiram para as fotos.
Sua sócia na noite, Sissi Girl, poderá ser reconhecida pelo "cabelão loiro, bem cacheado", o salto de quase 20 cm, o corselete de pedraria e uma "saia muito curta". "Tenho pernas bem torneadas. Gosto de mostrá-las."
Durante o dia, Sissi Girl é Ailton de Almeida, dono de um instituto de beleza na Pompéia, região oeste. "De dia, sou empresário. À noite, viramos palhaços de luxo."
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