Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/06/2003 - 22h55

Menina tem o pé esquerdo fraturado, mas médico opera o pé direito

ADRIANA CHAVES
da Agência Folha

Depois de ser submetida a três cirurgias ortopédicas equivocadas na última segunda-feira, em Goiânia, a garota Camila dos Reis Silveira, 8, conseguiu corrigir nesta quarta-feira uma fratura no pé esquerdo.

Internada no Hospital e Maternidade Santa Lúcia no início da semana, Camila teve o pé direito operado no lugar do esquerdo fraturado e ainda passou por outros procedimentos indevidos, segundo sua mãe, Eliana Francisco dos Reis, 24.

Para corrigir a falha inicial, a menina passou por duas novas cirurgias no mesmo dia: uma para retirar os pinos colocados indevidamente no pé direito e outra para tentar corrigir a fratura do pé esquerdo.

"Percebi o erro assim que ela voltou para o quarto. Estava tão transtornada que concordei que a levassem de novo para o centro cirúrgico. Abriram novamente o pé direito para tirar os pinos e colocaram outros pinos no esquerdo, só que em locais que não tinham nada a ver com a fratura", disse a mãe.

Ao receber alta, ontem, Camila foi levada ao IOG (Instituto Ortopédico de Goiânia) para realizar novos exames e acabou sendo operada da fratura hoje de manhã. O procedimento durou cerca de duas horas e ela deverá ter alta amanhã.

Embora a menina não tenha ficado com sequelas, sua família entrará com ações na Justiça contra o cirurgião Leandro Souza, responsável pelos procedimentos, e contra o hospital Santa Lúcia. "A correção cirúrgica ficou em uns R$ 3.590, fora o que gastamos com consulta e exames. Exijo indenização", disse Reis.

Souza não foi localizado para comentar a denúncia de erro médico. Procurada pela reportagem, a advogada que responde pelo médico e pelo hospital não respondeu aos recados deixados em sua secretária eletrônica.

Em depoimento informal à 5ª Delegacia de Polícia de Goiânia, o cirurgião disse que ficaria à disposição da família para ajudar no que fosse necessário.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página