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27/06/2003
-
17h00
da Folha Online
O cirurgião Leandro Souza, que na última segunda-feira operou o pé saudável da menina Camila dos Reis Silveira, 8, no Hospital e Maternidade Santa Lúcia, em Goiânia, se apresentou hoje à polícia.
Segundo o delegado do 5º Distrito Policial da cidade, Alcidinei Viana, o médico disse que quando entrou na sala de cirurgia o pé errado já estava preparado para ser operado.
Durante o depoimento, o médico se colocou à disposição da família de Camila para ajudar no que fosse necessário.
"A história ainda está estranha. Agora faremos um exame de corpo de delito na menina e ouviremos os seus pais. Eles poderão nos contar melhor o que houve", disse o delegado.
Punição
Segundo Erso Guimarães, presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás, foi aberta uma sindicância para apurar os procedimentos realizados pelo médico.
"Se for comprovada a culpa de Souza, ele pode ser punido com advertência, suspensão por 30 dias ou até mesmo com a cassação definitiva de seu registro", disse.
Guimarães não pode dizer se já existem outras queixas contra o médico pois "os processos correm em segredo de Justiça".
Cirurgia
Camila foi submetida a três cirurgias ortopédicas equivocadas na última segunda-feira. Os erros foram corrigidos na última quarta-feira. Ela teve o pé direito operado no lugar do esquerdo fraturado e ainda passou por outros procedimentos indevidos, segundo sua mãe, Eliana Francisco dos Reis, 24.
Para corrigir a falha inicial, a menina passou por duas novas cirurgias no mesmo dia: uma para retirar os pinos colocados indevidamente no pé direito e outra para tentar corrigir a fratura do pé esquerdo.
"Percebi o erro assim que ela voltou para o quarto. Estava tão transtornada que concordei que a levassem de novo para o centro cirúrgico. Abriram novamente o pé direito para tirar os pinos e colocaram outros pinos no esquerdo, só que em locais que não tinham nada a ver com a fratura", disse a mãe.
Ao receber alta, na quarta-feira, Camila foi levada ao IOG (Instituto Ortopédico de Goiânia) para realizar novos exames e acabou sendo operada da fratura na manhã do dia seguinte. O procedimento durou cerca de duas horas. A menina teve alta hoje.
Especial
Leia mais notícias sobre riscos de medicamentos
Médico que operou pé errado de menina em GO se apresenta à polícia
CARLOS FERREIRAda Folha Online
O cirurgião Leandro Souza, que na última segunda-feira operou o pé saudável da menina Camila dos Reis Silveira, 8, no Hospital e Maternidade Santa Lúcia, em Goiânia, se apresentou hoje à polícia.
Segundo o delegado do 5º Distrito Policial da cidade, Alcidinei Viana, o médico disse que quando entrou na sala de cirurgia o pé errado já estava preparado para ser operado.
Durante o depoimento, o médico se colocou à disposição da família de Camila para ajudar no que fosse necessário.
"A história ainda está estranha. Agora faremos um exame de corpo de delito na menina e ouviremos os seus pais. Eles poderão nos contar melhor o que houve", disse o delegado.
Punição
Segundo Erso Guimarães, presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás, foi aberta uma sindicância para apurar os procedimentos realizados pelo médico.
"Se for comprovada a culpa de Souza, ele pode ser punido com advertência, suspensão por 30 dias ou até mesmo com a cassação definitiva de seu registro", disse.
Guimarães não pode dizer se já existem outras queixas contra o médico pois "os processos correm em segredo de Justiça".
Cirurgia
Camila foi submetida a três cirurgias ortopédicas equivocadas na última segunda-feira. Os erros foram corrigidos na última quarta-feira. Ela teve o pé direito operado no lugar do esquerdo fraturado e ainda passou por outros procedimentos indevidos, segundo sua mãe, Eliana Francisco dos Reis, 24.
Para corrigir a falha inicial, a menina passou por duas novas cirurgias no mesmo dia: uma para retirar os pinos colocados indevidamente no pé direito e outra para tentar corrigir a fratura do pé esquerdo.
"Percebi o erro assim que ela voltou para o quarto. Estava tão transtornada que concordei que a levassem de novo para o centro cirúrgico. Abriram novamente o pé direito para tirar os pinos e colocaram outros pinos no esquerdo, só que em locais que não tinham nada a ver com a fratura", disse a mãe.
Ao receber alta, na quarta-feira, Camila foi levada ao IOG (Instituto Ortopédico de Goiânia) para realizar novos exames e acabou sendo operada da fratura na manhã do dia seguinte. O procedimento durou cerca de duas horas. A menina teve alta hoje.
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