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01/07/2003 - 14h04

Juiz condena "comendador" Arcanjo a sete anos de prisão

da Folha Online

O empresário e ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, o "comendador", foi condenado pela Justiça Federal a sete anos de prisão em regime fechado por porte ilegal de arma de uso permitido e de uso restrito, além de receptação de armamento.

A sentença é do juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara do Tribunal Regional Federal da 1ª Região no Mato Grosso. Esta é a primeira condenação contra o comendador, que está preso no Uruguai. O Brasil aguarda decisão daquele país sobre o pedido de extradição do réu.

Segundo procuradores, Arcanjo tem negócios em Mato Grosso, no Distrito Federal, no Uruguai e nos EUA. Ele também é acusado de sonegar R$ 842 milhões da Receita, além de comandar o crime organizado no Mato Grosso.

O "comendador" também responde a inquéritos por lavagem de dinheiro, exploração de jogo ilegal e tráfico de armas. É acusado ainda de ser o mandante do assassinato de Sávio Brandão, dono do jornal "Folha do Estado".

O acusado estava foragido desde dezembro e foi preso em abril no Uruguai.

"Maus antecedentes"

Em sua sentença, o juiz afirmou ter constatado que Arcanjo é réu primário, "mas goza de maus antecedentes, respondendo a várias ações penais nesta seção judiciária".

Entre as ações, o juiz cita crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, formação de crime organizado, homicídios, contrabando, formação de quadrilha, além de crime contra a ordem tributária.

"É, portanto, o acusado comandante de poderosa organização voltada para a prática de variadas infrações penais, inclusive as mais violentas, fato este que deve ser levado em consideração para a dosagem das penas que lhe são aplicáveis.

Processo

Em 5 de dezembro do ano passado, policiais federais, ao cumprirem mandado de busca e apreensão na casa de Arcanjo, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá, foram encontrados diversos armamentos, nacionais e estrangeiros, sem a documentação legal.

Foram apreendidos duas espingardas americanas --guardadas no quarto do réu--, uma carabina, duas pistolas e três revólveres brasileiros, além de mais de 200 cartuchos. Arcanjo teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e permaneceu foragido, até ser encontrado e preso no Uruguai.

No último dia 5, o juiz esteve no Uruguai para interrogar Arcanjo. O "comendador", acompanhado de um defensor daquele país, optou por manter silêncio na audiência.
 

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