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02/07/2003 - 19h08

Justiça manda que sindicalistas sejam presos novamente

CARLOS FERREIRA
da Folha Online

A Justiça mandou prender novamente os oito membros do sindicato dos motoristas de São Paulo que estavam detidos na carceragem da Corregedoria da Polícia Federal até a última sexta-feira, quando foram libertados por ordem do juiz da 3ª Vara Federal de São Paulo, Toru Yamamoto.

Dos oito sindicalistas, cinco foram presos até esta noite: José Simião de Lima, Isao Hosogi, Jorge Luiz de Jesus, Luiz Carlos Antônio e José Otaviano de Albuquerque --que se beneficiou na semana passada da decisão de Yamamoto, mas só havia sido libertado ontem por estar cumprindo outro mandado de prisão. Continuam foragidos Geraldo Diniz da Costa, Edvaldo Lima da Silva e Francisco Xavier da Silva Filho.

Com as diligências, os agentes da Polícia Federal acabaram localizando o sindicalista Albano Dias de Andrade que já havia tido a sua prisão preventiva decretada junto com os outros, mas continuava sendo procurado.

Para mandar libertar os sindicalistas, a Justiça havia afirmado que eles possuíam endereço fixo e que seus bens eram compatíveis com suas rendas. Agora, para que eles voltassem à carceragem da PF, A Justiça alegou que eles oferecem risco às testemunhas de acusação.

Crise no transporte

A Justiça Federal havia decretado no dia 28 de maio a prisão preventiva (até o julgamento) de 19 dirigentes do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo, entre eles o presidente da entidade, Edivaldo Santiago.

Eles foram denunciados pelo Ministério Público Federal por sete crimes: formação de quadrilha armada, dano qualificado, paralisação de trabalho de interesse coletivo, paralisação de trabalho mediante violência, frustração de direitos trabalhistas, desobediência e coação durante processo.

Os sindicalistas são acusados de promoverem locautes (greves a pedido dos donos de viação) com o objetivo de prejudicar a implantação do novo sistema de transportes na capital. Para isso os sindicalistas teriam recebido quantias que ultrapassariam R$ 1 milhão.

Empresários

Hoje a Polícia Federal começou a fazer uma devassa nas empresas de ônibus da capital. A primeira da lista foi a viação Capital, na zona leste. o proprietário da empresa teria se recusado a dar informações aos agentes. Suspeita-se que a viação use "laranjas" como sócios.

A Promotoria de Justiça da Cidadania do Ministério Público do Estado de São Paulo informou que vai mover uma ação de responsabilidade por ato de improbidade administrativa contra a vereadora Myryam Athiê (PPS).

A ação deverá ser ajuizada após a Polícia Civil concluir as investigações a respeito da vereadora, que é acusada de receber dinheiro da viação Cidade Tiradentes para defender os interesses da empresa na prefeitura. Ela nega.

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