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03/07/2003 - 10h24

Vigilância Sanitária interdita laboratório em Campinas

da Folha de S.Paulo, em Campinas

A Vigilância Sanitária de Campinas (95 km de SP) interditou ontem o laboratório M.C. Mura (Farmavison), que fabricava e comercializava medicamentos, em todo o país, sem autorização. A empresa, segundo a Vigilância, também não tinha licença de funcionamento do órgão sanitário.

Na semana passada, a Vigilância Sanitária apreendeu no mesmo local lotes do medicamento oftalmológico com o princípio ativo metilcelulose 2%, em seringas e ampolas.

O metilcelulose é utilizado na elaboração do gel Methyl Lens Hypac, da empresa Lens Surgical, suspeito de causar cegueira em 13 pacientes do Rio de Janeiro, após cirurgia de catarata.

Lista

O medicamento compõe uma lista com 16 tipos de medicamentos apreendidos pela Vigilância na região, em ação conjunta com a Polícia Federal e a Procuradoria da República.

A Vigilância também constatou irregularidades técnicas de produção, como o fato de a empresa não possuir um sistema de produção de água para medicamento injetável.

A Folhanão conseguiu contatar os responsáveis pela M.C. Mura (Farmavison) para falar sobre o assunto.

Clandestino

A M.C. Mura, que funcionava como farmácia de manipulação, é uma das empresas investigadas pelo Ministério Público Federal. Ela pode fazer parte de uma rede de laboratórios clandestinos.

Além da M.C. Mura, também constam das investigações os laboratórios For Eyes Oftalmológica, de Hortolândia, e da H.E.J Cosméticos, de Campinas.

Anteontem, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a apreensão, em todo o país, de medicamentos fabricados tanto pela For Eyes quanto pela H.E.J. Segundo a Anvisa, os próprios laboratórios é que terão de retirar os produtos de circulação por meio de seu mapa de distribuição. Aos órgãos sanitários caberá o papel fiscalizador.

Procuradoria

Outra medida para fechar o cerco aos laboratórios que atuam sem autorização da Anvisa foi tomada pela Procuradoria da República, em Campinas.

O procuradores sugerem que a Anvisa "promova ampla e ostensiva publicidade" das irregularidades, divulgando os nomes dos medicamentos sem registro. O prazo para a tomada de providências é de dois dias.

A Anvisa informou que ainda não recebeu o ofício da Procuradoria, mas disse já tornar públicas as irregularidades por meio de jornais e do "Diário Oficial" da União.

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