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17/08/2000 - 12h43

Presos morreram abraçados no canto da cela, diz deputado que visitou penitenciária

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do FolhaNews
em Brasília

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Distrital de Brasília, deputado Alírio Neto (PPS), que visitou o Núcleo de Custódia, em Brasília, agora há pouco, disse que os presos carbonizadosa morreram abraçados no canto da cela.

"Visivelmente são 11 corpos, mas podem ser 12. Os presos morreram abraçados no canto da cela tentando se proteger do fogo com a única torneira que havia no local", disse ele.

Alírio Neto, que foi policial civil, informou que já havia recebido informações dos agentes penitenciários com denúncias graves de superlotação e falta de segurança na Papuda.

No pavilhão onde ocorreu a briga, existem hoje 320 presos para 18 agentes.

Alírio informou ainda que existem vários detentos com ferimentos leves que estão sendo atendidos na Papuda. Três detentos, sendo que dois em estado grave, estão sendo atendidos no HRAN (Hospital Regional da Asa Norte).

Segundo Alírio, a briga foi motivada pela morte do detento Ananias da Silva, no último domingo à tarde. Ananias foi informante da CPI do Narcotráfico.

Segundo o deputado, os detentos da ala A culparam os detentos da ala B pela morte de Ananias. De acordo com relato de Alírio, quando quatro agentes penitenciários que controlam a ala A foram soltar os presos, foram rendidos por eles, que arrombaram o cadeado da ala B, arrombaram as celas desta ala, encurralaram alguns presos na primeira cela da ala B e atearam fogo no local.

Alírio informou ainda que os detentos da ala A passaram colchões pelas grades da cela e atearam fogo nos colchões, impedindo que os presos recebessem ajuda.

Todas essas informações o deputado recebeu dos agentes penitenciários que acompanharam a rebelião. O deputado informou ainda que os detentos da ala A que provocaram as mortes ainda não haviam sido identificados até o momento em que deixou a penitenciária, por volta das 11h30.
(Rose Ane Silveira/Paulo Pires).

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