Publicidade
Publicidade
07/07/2003
-
20h48
da Folha Online
Os metroviários de São Paulo decidiram na noite de hoje, durante assembléia na sede do sindicato da categoria, entrar em greve a partir da 0h do próximo dia 16 (quarta-feira) por tempo indeterminado, já que o Metrô não fez o depósito do reajuste de 18,13% determinado pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e ratificado pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília.
Apesar disso, no dia 15 de julho, haverá uma assembléia na frente da sede da empresa para protestar contra o não pagamento do reajuste. Nesta data, os metroviários votarão novamente para definir se a greve realmente será iniciada.
Segundo o sindicato dos metroviários, até lá o estado de greve continua. Os funcionários retomarão o uso de coletes com dizeres sobre a luta pelo reajuste salarial.
Queda de braço
Na última sexta-feira o governo do Estado entrou com uma ação no TST pedindo que o ministro Francisco Fausto, que concedeu o reajuste de 18,13% aos metroviários --dividido em três parcelas, sendo que 12,13% imediatamente e mais duas parcelas de 3%, a serem pagas nos meses de janeiro e março de 2004--, reveja sua decisão.
Outra ação foi requerida no STF (Supremo Tribunal Federal). O governo pediu que, enquanto a questão não tenha um julgamento final no TST, o Metrô não seja obrigado a pagar o reajuste que já foi determinado. Porém, o presidente do STF, ministro Maurício Corrêa, indeferiu na noite de hoje o pedido do Estado.
Em sua decisão, Fausto havia determinado que caso o Metrô não cumprisse sua decisão, caberia uma multa de 1% sobre o valor total da folha mensal de pagamentos por cada dia de atraso, a ser revertida em favor do sindicato dos metroviários.
O Metrô alega que o reajuste de 18,13% elevaria em R$ 98 milhões os gastos anuais. Só a folha de pagamento, segundo a empresa, passa a comprometer 81% da arrecadação. Hoje, o índice é de 68%).
Fausto se baseou na variação do Índice de Custo de Vida (ICV), do Dieese, para manter o valor do aumento.
Última paralisação
Os metroviários realizaram uma greve de dois dias (17 e 18 de junho) por conta do não pagamento do reajuste salarial de 18,13% concedido pelo TRT.
Com a greve, às vésperas do feriado de Corpus Christi, o trânsito ficou ruim na cidade. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou na manhã do dia 18 o recorde de congestionamento do ano no período, com 126 quilômetros de vias com problemas. O rodízio de veículos, a zona azul e a faixa solidária foram liberados ocasionando um maior número de carros nas ruas.
Leia maisSTF nega pedido de SP para não pagar reajuste de metroviários
Especial
Saiba mais sobre a crise no transporte de SP
Metroviários de SP ameaçam entrar em greve a partir de 16 de julho
CARLOS FERREIRAda Folha Online
Os metroviários de São Paulo decidiram na noite de hoje, durante assembléia na sede do sindicato da categoria, entrar em greve a partir da 0h do próximo dia 16 (quarta-feira) por tempo indeterminado, já que o Metrô não fez o depósito do reajuste de 18,13% determinado pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e ratificado pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília.
Apesar disso, no dia 15 de julho, haverá uma assembléia na frente da sede da empresa para protestar contra o não pagamento do reajuste. Nesta data, os metroviários votarão novamente para definir se a greve realmente será iniciada.
Segundo o sindicato dos metroviários, até lá o estado de greve continua. Os funcionários retomarão o uso de coletes com dizeres sobre a luta pelo reajuste salarial.
Queda de braço
Na última sexta-feira o governo do Estado entrou com uma ação no TST pedindo que o ministro Francisco Fausto, que concedeu o reajuste de 18,13% aos metroviários --dividido em três parcelas, sendo que 12,13% imediatamente e mais duas parcelas de 3%, a serem pagas nos meses de janeiro e março de 2004--, reveja sua decisão.
Outra ação foi requerida no STF (Supremo Tribunal Federal). O governo pediu que, enquanto a questão não tenha um julgamento final no TST, o Metrô não seja obrigado a pagar o reajuste que já foi determinado. Porém, o presidente do STF, ministro Maurício Corrêa, indeferiu na noite de hoje o pedido do Estado.
Em sua decisão, Fausto havia determinado que caso o Metrô não cumprisse sua decisão, caberia uma multa de 1% sobre o valor total da folha mensal de pagamentos por cada dia de atraso, a ser revertida em favor do sindicato dos metroviários.
O Metrô alega que o reajuste de 18,13% elevaria em R$ 98 milhões os gastos anuais. Só a folha de pagamento, segundo a empresa, passa a comprometer 81% da arrecadação. Hoje, o índice é de 68%).
Fausto se baseou na variação do Índice de Custo de Vida (ICV), do Dieese, para manter o valor do aumento.
Última paralisação
Os metroviários realizaram uma greve de dois dias (17 e 18 de junho) por conta do não pagamento do reajuste salarial de 18,13% concedido pelo TRT.
Com a greve, às vésperas do feriado de Corpus Christi, o trânsito ficou ruim na cidade. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou na manhã do dia 18 o recorde de congestionamento do ano no período, com 126 quilômetros de vias com problemas. O rodízio de veículos, a zona azul e a faixa solidária foram liberados ocasionando um maior número de carros nas ruas.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice