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12/07/2003 - 17h00

Concorrência ganha rosto e traça estratégia para barrar reeleição de Marta

SILVIO NAVARRO
da Folha Online

A um ano e três meses das eleições municipais, a disputa pela Prefeitura de São Paulo começa a tomar corpo e pode até virar um "segundo round" da sucessão presidencial. No páreo, estarão a prefeita Marta Suplicy (PT) e ainda é incerto o nome do concorrente do PSDB, que tentará consolidar um foco de oposição ao governo federal no maior colégio eleitoral do país.

Enquanto Marta Suplicy estiver lançando um dos seus mais badalados programas para a reestruturação do sistema educacional, os CEUs (Centro Educacional Unificado), a oposição à sua gestão começa a ganhar corpo e já articula para tentar barrar uma sucessiva administração petista em 2004.

Os futuros adversários de Marta já esboçam estratégias para tentar derrubar a reeleição do PT. Oficialmente, pretendem enfrentá-la nas urnas em 2004 a ex-prefeita Luiza Erundina (PSB) [1988-92], o deputado federal José Aristodemo Pinotti (PMDB) e o líder da Força Sindical, recém-filiado ao PDT, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Outro provável nome é o do ex-prefeito Paulo Maluf (PP), que negou a candidatura até abril, mas atualmente desconversa sobre o assunto.

Principal oponente do PT, o PSDB ainda não encontrou um nome forte, tem pelo menos quatro pretendentes dentro da legenda e ainda assim não descarta uma aliança com Erundina. Pelo menos até outubro próximo os tucanos seguirão divididos. De um lado, o deputado federal Walter Feldman afirma que concorrerá à prévia do partido. O oponente deverá ser um dos secretários do governador Geraldo Alckmin, Saulo de Castro (Segurança), Arnaldo Madeira (Casa Civil) ou Gabriel Chalita (Educação). O último tem a simpatia do governador, mas nenhum dos três tem eleitorado garantido. Não é descartado também o nome de José Aníbal, atual presidente da legenda.

A candidatura de Marta, hoje vice-presidente nacional do PT, é certa e tem o respaldo até do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliás o responsável pelo anúncio. No PMDB, a ala que rejeita o nome de Pinotti defende uma chapa com o PT. O PC do B deverá seguir a história e apoiar a reeleição. Seguem indefinidos, negociando alianças PFL, PL e PPS.

Estratégias

Mesmo sem um anúncio oficial, cartazes publicitários ou distribuição de "santinhos" pelas ruas, os concorrentes de Marta vão abandonando a timidez.

Paulinho ataca a administração petista em todos os palanques que sobe. Pinotti tem os números da cidade na ponta do lápis. Erundina vai usar justamente a educação como bandeira. Maluf critica as novas taxas do lixo e da iluminação. E o PSDB fala em caos nos transportes e vantagens na integração com o Estado.

Com a popularidade "arranhada" segundo a última pesquisa Datafolha --45% dos paulistanos classificaram a gestão como ruim ou péssima em abril--, Marta aposta no sucesso do novo modelo educacional e no repasse de verbas do governo federal e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Do banco, por exemplo, cidade recebeu 80,6% (R$ 919,2 milhões) do total emprestado à prefeituras de janeiro do ano passado a junho deste ano.

A um ano e três meses do embate municipal, a prefeita corre contra o tempo para concluir obras e lanças projetos que ainda são maquetes. Enquanto isso, alerta ao mesmo calendário que pressiona Marta, a oposição ventila nomes para testar aprovações. E a maior cidade do país tem primeira prévia do que será a corrida eleitoral no ano que vem.
 

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