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05/08/2003 - 04h09

Visto dos EUA será exigido até em escala

da Folha de S.Paulo

Desde o último sábado, os EUA exigem visto de entrada para quem precisar fazer escala de vôos internacionais em seus aeroportos. O viajante brasileiro que fizer escala no país deverá ter um visto que custa de US$ 100 a US$ 120. A medida surge depois de o Departamento de Segurança Interna dos EUA exigir entrevista pessoal no consulado para mais de 90% dos pedidos de visto.

Até então, devido a duas medidas chamadas "Transit Without Visa - TWOV", o trânsito sem visto, e o "International-to-International - ITI", Internacional-para-Internacional, passageiros de companhias aéreas que precisavam parar nos EUA para trocar de avião não precisavam obter visto de entrada, simplesmente esperavam numa sala do aeroporto. A medida vale também para quem nem sequer deixar a aeronave.

Com a nova determinação, o passageiro que precisar fazer escala nos EUA deverá obter, no consulado, o visto de trânsito ou de turista. Para o primeiro, com duração de três meses, o passageiro deve pagar taxa de US$ 120. Já para o visto de turista, com validade de até dez anos, a taxa, que deve ser paga em uma das agências do Citibank, é de US$ 100.

Mas os dois tipos de visto exigem a presença do requisitante para entrevista em uma das três representações americanas no país --São Paulo, Rio e Recife-- ou na embaixada em Brasília, o que deve elevar bastante o tempo de espera nas filas de consulados.

Mesmo com as entrevistas pré-agendadas (o que pode demorar cerca de três dias), a fila no consulado de São Paulo, por exemplo, costuma demorar cerca de três horas, sempre na parte da manhã, quando funciona o atendimento.

Entrevistas e boleto para pagamento da taxa devem ser pedidos pelo telefone 0300-3130800 ou no site www.visto-eua.com.br.

A proibição, assim como a exigência de entrevista para a concessão do visto, faz parte do pacote de segurança adotado pelo governo americano após os atentados de 11 de Setembro.

No comunicado enviado à imprensa, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil informou que a proibição durará inicialmente 60 dias, até que "medidas adicionais de segurança possam ser adotadas para proteger tais programas de terroristas que queiram ter acesso aos EUA ou ao espaço aéreo dos EUA sem passar pelo processo consular de checagem".

Porém, para o turista brasileiro, a medida pode significar dinheiro e tempo extra para o pedido do visto ou a mudança no itinerário de viagem. Os aeroportos americanos são muito utilizados para escalas em vôos com destino à Europa, Ásia e América Central.

Em 2002, segundo a embaixada americana, o Brasil esteve entre os principais países de origem de vôos que fizeram escala nos EUA. Os aeroportos mais usados foram os de Los Angeles, Miami, Nova York, Dallas e Houston.

"A nova proibição, somada à exigência da entrevista, vai prejudicar muito a venda de passagens aéreas para brasileiros. Para muitos locais, como República Dominicana e Cancún, a rota mais usada e lógica é passando por Miami", afirmou o presidente da ABAV (Associação Brasileira de Agências de Viagem) de São Paulo, Amauri Caldeira.

As exceções são passageiros dos 27 países isentos de visto para os EUA, como França e Portugal. Quem já viajou pelos EUA como passageiro TWOW ou ITI na primeira etapa da viagem e retornar antes das 13h do dia 9, poderá fazer a escala sem o visto.
 

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