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31/08/2003 - 17h52

Menino de 14 anos que queria se juntar às Farc retorna ao Rio

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da Folha de S.Paulo

Localizado ontem em Manaus (AM), o estudante carioca A. D., 14, que havia fugido de sua casa para supostamente se integrar a guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), retornou hoje ao Rio de Janeiro, acompanhado dos pais.

Eles chegariam à capital fluminense por volta das 20h30. Antes de embarcarem, por volta das 15h45 (horário de Brasília), os pais de A. D. tiveram de assinar um termo de entrega elaborado pela Policia Federal.

Policiais federais localizaram o adolescente em uma embarcação que saíra de Santarém (PA) com destino à capital amazonense. A operação, no rio Negro, teve o apoio da Capitania dos Portos no Amazonas. O nome de A. D. na lista de passageiros foi a pista usada pela PF.

Levado à sede da Superintendência da PF no Amazonas, A. D. prestou depoimento e confirmou que realmente tinha a intenção de se unir aos guerrilheiros marxistas e de não se reencontrar os pais.

De acordo com a PF, o adolescente não tem noção da verdadeira posição das Farc e não mantém nenhum contato com suas lideranças. "Isso tudo não passou de uma fantasia de adolescente", disse o delegado José Cerpa, da Polícia Federal em Manaus.

Da capital fluminense, de onde fugiu no último dia 23, A. D. viajou de ônibus até Belém, onde seguiu de barco a Santarém. Segundo a assessoria da PF, ele foi localizado em boas condições de saúde, sem sinais de abatimento, mas apenas cansado.

Na sede da PF, policiais adaptaram um quarto para A. D., com colchão, travesseiro e roupa de cama limpa.

Caso não fosse localizado, A. D. passaria pelo menos mais sete dias dentro de um barco até chegar à fronteira brasileira com a Colômbia. Em depoimento, o adolescente carioca disse que, após chegar a Manaus, sua intenção era seguir para São Gabriel da Cachoeira (AM) e depois aguardar uma oportunidade para entrar em território colombiano.

As suspeitas de que o adolescente pretendia se integrar às Farc surgiram depois que seus pais descobriram que ele fez várias consultas à página da organização na internet e escreveu um bilhete com supostas localizações do grupo na selva colombiana.
 

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