22/08/2000 - 19h26

Racionamento em SP acaba quando volume da Guarapiranga chegar a 40%

da Folha de S.Paulo

O racionamento de água em São Paulo termina quando a represa Guarapiranga atingir cerca de 40% do seu volume operacional _ou 67,6 bilhões de litros. A previsão é da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Em razão da seca e do atraso na conclusão de obras, 2,8 milhões de moradores das zonas sul e sudoeste de São Paulo enfrentam falta de água desde 1º de junho. Eles têm um dia de fornecimento regular a cada três.

Ontem a represa Guarapiranga estava com 20,2% do seu volume operacional.

O secretário de Estado dos Recursos Hídricos, Antonio Carlos de Mendes Thame, disse que o racionamento acaba até o início de novembro, mas, mesmo com chuva e com a transferência de até 4.000 litros por segundo da represa Billings à Guarapiranga, o prazo deve ser estendido.

A previsão "pessimista" da Sabesp _que conta com o reforço da Billings, mas adota índices pluviométricos muito abaixo das médias históricas_ é que a Guarapiranga esteja com 12% a 15% do seu volume operacional no final de novembro.

Mas, mesmo que chova a média, a diferença entre o que será retirado da represa para consumo e o que entrará de vazão será de 30,4 bilhões de litros somando-se setembro e outubro.

Segundo a Sabesp, a média histórica de chuva nos meses de setembro e outubro é respectivamente de 88,9 e 131,1 milímetros. Se chover a média, o acumulado será de 220 milímetros, pouco mais da metade do déficit hídrico da Guarapiranga, que é de cerca de 400 milímetros.

A transferência de água da Billings foi iniciada hoje pelo governador Mário Covas em caráter experimental. Serão bombeados mil litros por segundo até o final da semana.

Nesse período, a Sabesp pretende receber a autorização ambiental para os 2.000 litros e pedir a ampliação para os 4.000 litros por segundo, que só devem começar a ser transferidos na segunda quinzena de setembro.

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