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30/09/2003
-
21h50
da Agência Folha
Dois médicos envolvidos no inquérito que investiga a morte de 17 bebês e uma mãe na maternidade Jesus Nazareno, em Caruaru (136 km de Recife), foram indiciados ontem pelo delegado da 2ª Delegacia Regional de Caruaru, Vamberto Gomes.
Outros dois médicos já haviam sido indiciados por Gomes há cerca de um mês. Funcionários da maternidade também podem ser denunciados até a conclusão das investigações.
Um dos médicos foi enquadrado no artigo 136 do Código Penal, por maus-tratos. "Há quem acredite que esse artigo se limita a agressões, mas envolve os que deixam de dar cuidados a quem está em tratamento", disse Gomes.
De acordo com o delegado, o médico não atendeu a gestante Ednalva Cristina da Silva, 27, devidamente. "Ela chegou ao hospital às 9h do dia 22 de junho com um indicativo de cesárea, mas o médico disse que não era a hora do parto."
Depois de oito horas de espera e com muitas dores, a gestante procurou outro obstetra, que realizou a cesárea e encaminhou o bebê para avaliação neonatal.
Na manhã seguinte, Ednalva foi visitar o filho no berçário e encontrou o bebê desacordado. A criança foi então atendida por outra médica denunciada e acabou morrendo.
A especialista foi enquadrada no artigo 302 do Código Penal porque informou, no atestado de óbito do bebê, que ele teria morrido por ter aspirado excrementos durante o parto, apesar de ter sido submetido a procedimentos de lavagem gástrica após o nascimento.
Investigados por mortes de bebês, médicos são indiciados em PE
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Dois médicos envolvidos no inquérito que investiga a morte de 17 bebês e uma mãe na maternidade Jesus Nazareno, em Caruaru (136 km de Recife), foram indiciados ontem pelo delegado da 2ª Delegacia Regional de Caruaru, Vamberto Gomes.
Outros dois médicos já haviam sido indiciados por Gomes há cerca de um mês. Funcionários da maternidade também podem ser denunciados até a conclusão das investigações.
Um dos médicos foi enquadrado no artigo 136 do Código Penal, por maus-tratos. "Há quem acredite que esse artigo se limita a agressões, mas envolve os que deixam de dar cuidados a quem está em tratamento", disse Gomes.
De acordo com o delegado, o médico não atendeu a gestante Ednalva Cristina da Silva, 27, devidamente. "Ela chegou ao hospital às 9h do dia 22 de junho com um indicativo de cesárea, mas o médico disse que não era a hora do parto."
Depois de oito horas de espera e com muitas dores, a gestante procurou outro obstetra, que realizou a cesárea e encaminhou o bebê para avaliação neonatal.
Na manhã seguinte, Ednalva foi visitar o filho no berçário e encontrou o bebê desacordado. A criança foi então atendida por outra médica denunciada e acabou morrendo.
A especialista foi enquadrada no artigo 302 do Código Penal porque informou, no atestado de óbito do bebê, que ele teria morrido por ter aspirado excrementos durante o parto, apesar de ter sido submetido a procedimentos de lavagem gástrica após o nascimento.
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