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10/10/2003
-
09h59
da Folha Online
da Agência Folha, em Salvador
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, determinou a abertura de inquérito policial, por parte da Polícia Federal, para investigar o assassinato do mecânico Gérson Jesus Bispo, 26, em Santo Antônio de Jesus (184 km de Salvador). A vítima era testemunha da atuação de supostos grupos de extermínio na Bahia.
Bispo foi assassinado ontem, três semanas depois de prestar depoimento à relatora da ONU (Organização das Nações Unidas) para execuções sumárias, Asma Jahangir. Cinco suspeitos chegaram a ser detidos. Após prestarem depoimento, dois foram liberados.
No último dia 27, o agricultor Flávio Manoel da Silva, 33, testemunha de uma CPI da Assembléia Legislativa da Paraíba, foi morto a tiros perto de sua casa, em Pedras de Fogo (57 km de João Pessoa). Ele também havia dado depoimentos à relatora da ONU.
Bispo disse para Jahangir que seu irmão e um amigo foram abordados em uma loja, em 1º de agosto do ano passado, por policiais militares, colocados dentro de um carro da PM e levados para a periferia de Santo Antônio de Jesus, onde apareceram mortos. Depois, a polícia teria levado os dois corpos para um hospital do município, sob a alegação de que eles morreram em troca de tiros.
A perícia, no entanto, apontou que os dois foram torturados e mortos. Bispo disse para a relatora da ONU que a PM não tinha interesse em esclarecer o assassinato e que os policiais acusados do crime foram transferidos para Salvador "numa manobra para dificultar as investigações".
Polícia Federal investiga morte de testemunha na Bahia
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da Agência Folha, em Salvador
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, determinou a abertura de inquérito policial, por parte da Polícia Federal, para investigar o assassinato do mecânico Gérson Jesus Bispo, 26, em Santo Antônio de Jesus (184 km de Salvador). A vítima era testemunha da atuação de supostos grupos de extermínio na Bahia.
Bispo foi assassinado ontem, três semanas depois de prestar depoimento à relatora da ONU (Organização das Nações Unidas) para execuções sumárias, Asma Jahangir. Cinco suspeitos chegaram a ser detidos. Após prestarem depoimento, dois foram liberados.
No último dia 27, o agricultor Flávio Manoel da Silva, 33, testemunha de uma CPI da Assembléia Legislativa da Paraíba, foi morto a tiros perto de sua casa, em Pedras de Fogo (57 km de João Pessoa). Ele também havia dado depoimentos à relatora da ONU.
Bispo disse para Jahangir que seu irmão e um amigo foram abordados em uma loja, em 1º de agosto do ano passado, por policiais militares, colocados dentro de um carro da PM e levados para a periferia de Santo Antônio de Jesus, onde apareceram mortos. Depois, a polícia teria levado os dois corpos para um hospital do município, sob a alegação de que eles morreram em troca de tiros.
A perícia, no entanto, apontou que os dois foram torturados e mortos. Bispo disse para a relatora da ONU que a PM não tinha interesse em esclarecer o assassinato e que os policiais acusados do crime foram transferidos para Salvador "numa manobra para dificultar as investigações".
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