Publicidade
Publicidade
13/10/2003
-
13h08
da Folha Online
Duas testemunhas de ações de supostos grupos de extermínio que agiriam no Nordeste do país foram assassinadas a tiros depois de conversarem com a relatora da ONU (Organização das Nações Unidas) para execuções sumárias, Asma Jahangir, durante visita ao Brasil.
A relatora, que permaneceu no país de 16 de setembro até o último dia 8, colheu depoimentos e informações para elaborar um relatório sobre execuções sumárias.
No último dia 27, Flávio Manoel da Silva, 33, foi assassinado a tiros disparados por dois encapuzados numa moto, a 30 metros de sua casa, em Pedras de Fogo (57 km de João Pessoa).
Há dois anos, Silva sobreviveu a outro atentado, que o deixou com sequelas --perda de parte dos movimentos do corpo. Segundo o deputado federal Luiz Couto (PT-PB), ele fora confundido com outra pessoa e vitimado por engano.
No último dia 9, o mecânico Gérson Jesus Bispo, 26, foi assassinado também por homens em uma moto quando deixava sua casa em Santo Antônio de Jesus (184 km de Salvador).
Bispo havia dado depoimento à relatora da ONU há três semanas. Ele disse para Jahangir que seu irmão e um amigo foram abordados em uma loja, em 1º de agosto do ano passado, por policiais militares, colocados dentro de um carro da PM e levados para a periferia de Santo Antônio de Jesus, onde apareceram mortos. Depois, a polícia teria levado os dois corpos para um hospital do município, sob a alegação de que eles morreram em troca de tiros.
A perícia, no entanto, apontou que os dois foram torturados e mortos. Bispo disse para Jahangir que a PM não tinha interesse em esclarecer o assassinato e que os policiais acusados do crime foram transferidos para Salvador "numa manobra para dificultar as investigações".
O Alto Comissariado da ONU (Organização das Nações Unidas) pelos direitos do homem expressou sua "consternação" pelos assassinatos.
Entenda o caso da morte de testemunhas de assassinatos
Publicidade
Duas testemunhas de ações de supostos grupos de extermínio que agiriam no Nordeste do país foram assassinadas a tiros depois de conversarem com a relatora da ONU (Organização das Nações Unidas) para execuções sumárias, Asma Jahangir, durante visita ao Brasil.
A relatora, que permaneceu no país de 16 de setembro até o último dia 8, colheu depoimentos e informações para elaborar um relatório sobre execuções sumárias.
No último dia 27, Flávio Manoel da Silva, 33, foi assassinado a tiros disparados por dois encapuzados numa moto, a 30 metros de sua casa, em Pedras de Fogo (57 km de João Pessoa).
Há dois anos, Silva sobreviveu a outro atentado, que o deixou com sequelas --perda de parte dos movimentos do corpo. Segundo o deputado federal Luiz Couto (PT-PB), ele fora confundido com outra pessoa e vitimado por engano.
No último dia 9, o mecânico Gérson Jesus Bispo, 26, foi assassinado também por homens em uma moto quando deixava sua casa em Santo Antônio de Jesus (184 km de Salvador).
Bispo havia dado depoimento à relatora da ONU há três semanas. Ele disse para Jahangir que seu irmão e um amigo foram abordados em uma loja, em 1º de agosto do ano passado, por policiais militares, colocados dentro de um carro da PM e levados para a periferia de Santo Antônio de Jesus, onde apareceram mortos. Depois, a polícia teria levado os dois corpos para um hospital do município, sob a alegação de que eles morreram em troca de tiros.
A perícia, no entanto, apontou que os dois foram torturados e mortos. Bispo disse para Jahangir que a PM não tinha interesse em esclarecer o assassinato e que os policiais acusados do crime foram transferidos para Salvador "numa manobra para dificultar as investigações".
O Alto Comissariado da ONU (Organização das Nações Unidas) pelos direitos do homem expressou sua "consternação" pelos assassinatos.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice