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31/10/2003
-
01h08
da Folha Online
Oito pessoas, entre elas um delegado, um agente federal, advogados e empresários acusados de formar uma organização criminosa que atuava em São Paulo, com ramificações nos estados do Pará, Alagoas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, foram presos nesta quinta-feira numa operação conjunta entre a Polícia Federal e o Ministério Público denominada "Anaconda".
Na investigação, que começou há mais de um ano em Alagoas e que descobriu que a base da suposta organização estaria em São Paulo, foram implantadas cerca de 80 escutas telefônicas monitorando telefones de agentes, delegados e juízes federais de São Paulo.
Nestes grampos a Polícia Federal teria descoberto um esquema de corrupção envolvendo extorsão de empresas, o uso de documentos falsos para manipular inquéritos e a venda de sentenças judiciais. Os presos são acusados de formação de quadrilha, prevaricação, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, facilitação ao contrabando, lavagem de dinheiro e concussão.
Os policiais federais presos são o delegado José Augusto Bellini, chefe do setor de emissão de passaportes em SP, o agente César Herman Rodriguez --que trabalhava no gabinete do juiz Rocha Mattos--, e Jorge Luiz Bezerra da Silva, delegado aposentado de Alagoas.
Também foram presos os advogados Carlos Alberto da Costa Silva e Affonso Passarelli Filho e os empresários Wagner Rocha e Sérgio Chiamarelli Júnior. Norma Regina Emilio da Cunha, auditora aposentada da Receita Federal e ex-mulher de Rocha Mattos, também foi presa.
Denúncias
Três juízes federais foram denunciados pelo Ministério Público Federal, sendo que o juiz federal João Carlos da Rocha Mattos teve prisão preventiva solicitada, mas, a desembargadora-relatora Therezinha Cazerta, do TRF (Tribunal Regional Federal), só deve decidir sobre a prisão depois de analisar o material apreendido.
Segundo a PF, 15 mandados de apreensão foram cumpridos. Foram apreendidos materiais que reforçam a investigação: dólares, armas, agendas pessoais, extratos bancários e telefônicos, documentos da contabilidade de empresas, carros, entre eles uma Pajero, motos e computadores.
O juiz Casem Mazloum, da 1ª Vara Criminal, foi denunciado por formação de quadrilha, falsidade ideológica e interceptação ilegal de telefone. Já seu irmão, o juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal, foi denunciado por ameaça, abuso de poder e formação de quadrilha.
Os três juízes e os demais envolvidos terão 15 dias para apresentar defesa.
Operação da PF prende 8 acusados de formar organização criminosa
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Oito pessoas, entre elas um delegado, um agente federal, advogados e empresários acusados de formar uma organização criminosa que atuava em São Paulo, com ramificações nos estados do Pará, Alagoas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, foram presos nesta quinta-feira numa operação conjunta entre a Polícia Federal e o Ministério Público denominada "Anaconda".
Na investigação, que começou há mais de um ano em Alagoas e que descobriu que a base da suposta organização estaria em São Paulo, foram implantadas cerca de 80 escutas telefônicas monitorando telefones de agentes, delegados e juízes federais de São Paulo.
Nestes grampos a Polícia Federal teria descoberto um esquema de corrupção envolvendo extorsão de empresas, o uso de documentos falsos para manipular inquéritos e a venda de sentenças judiciais. Os presos são acusados de formação de quadrilha, prevaricação, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, facilitação ao contrabando, lavagem de dinheiro e concussão.
Os policiais federais presos são o delegado José Augusto Bellini, chefe do setor de emissão de passaportes em SP, o agente César Herman Rodriguez --que trabalhava no gabinete do juiz Rocha Mattos--, e Jorge Luiz Bezerra da Silva, delegado aposentado de Alagoas.
Também foram presos os advogados Carlos Alberto da Costa Silva e Affonso Passarelli Filho e os empresários Wagner Rocha e Sérgio Chiamarelli Júnior. Norma Regina Emilio da Cunha, auditora aposentada da Receita Federal e ex-mulher de Rocha Mattos, também foi presa.
Denúncias
Três juízes federais foram denunciados pelo Ministério Público Federal, sendo que o juiz federal João Carlos da Rocha Mattos teve prisão preventiva solicitada, mas, a desembargadora-relatora Therezinha Cazerta, do TRF (Tribunal Regional Federal), só deve decidir sobre a prisão depois de analisar o material apreendido.
Segundo a PF, 15 mandados de apreensão foram cumpridos. Foram apreendidos materiais que reforçam a investigação: dólares, armas, agendas pessoais, extratos bancários e telefônicos, documentos da contabilidade de empresas, carros, entre eles uma Pajero, motos e computadores.
O juiz Casem Mazloum, da 1ª Vara Criminal, foi denunciado por formação de quadrilha, falsidade ideológica e interceptação ilegal de telefone. Já seu irmão, o juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal, foi denunciado por ameaça, abuso de poder e formação de quadrilha.
Os três juízes e os demais envolvidos terão 15 dias para apresentar defesa.
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