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25/08/2000
-
20h26
SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo, em Nova York
Mais de 70 horas depois da morte do casal de brasileiros Kleber Pescone dos Santos, 28, e Lilian Carla D'Ascani dos Santos, 25, a polícia texana continua sem evidências que levem ao motivo ou ao autor do crime. "Coloquei toda a minha equipe no caso", disse o detetive Carl Duke, encarregado do caso.
Ambos foram mortos com tiros na cabeça na manhã de quarta-feira em Plano, nos EUA. A cidade fica a 30 quilômetros ao norte de Dallas, no Texas (sul do país). Segundo resultados preliminares da autópsia, Lilian levou dois tiros na cabeça e foi morta antes do marido. Kleber foi atingido depois, com um tiro na cabeça.
O casal foi encontrado no apartamento em que Kleber morava, no condomínio Centergate Spring Creek, pela vizinha, a brasileira Rose Andrade, que avisou a polícia. O marido dela trabalhava na cidade vizinha de Richardson, na multinacional Ericsson, com Kleber, que era desenhista de software de celulares.
Segundo o oficial Duke, nenhum vizinho ouviu tiros na noite de terça ou na manhã de quarta, nem qualquer tipo de discussão. A polícia disse que a porta de entrada do apartamento do casal foi retirada hoje para perícia para confirmar suspeitas de que a fechadura havia sido forçada.
Na própria quarta-feira, a polícia encontrou o carro Honda Civic que Kleber havia acabado de comprar no estacionamento, o que enfraquece a hipótese de roubo aventada inicialmente.
Michelle French, porta-voz da Ericsson em Nova York, disse que a multinacional prepara uma cerimônia nesta segunda em Plano para os pais do casal, que chegaram aos EUA na manhã de ontem, e seus colegas.
Segundo French, Kleber se ofereceu no começo do ano para a vaga no Texas pois queria morar nos EUA. "Como ele era qualificado o suficiente, o transferimos." A empresa está pagando as despesas da viagem dos pais e do enterro do casal.
Até às 20h, o consulado brasileiro em Dallas ainda não tinha recebido nenhuma documentação da polícia de Plano nem tinha feito qualquer contato com os pais do casal morto. "Ainda não emitimos o óbito brasileiro pois não sabemos de nada oficialmente", disse à Folha a vice-consulesa Loretta Montenegro por telefone.
O crime investigado agora é o terceiro registrado em Plano neste ano. No dia 23 de março, um funcionário da rede de fast food Jack in the Box foi morto dentro do carro com um tiro na cabeça quando ia trabalhar. O caso ainda não foi resolvido. Em abril, uma mulher e seu amante foram flagrados pelo marido e assassinados a tiros.
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Polícia texana continua sem pistas sobre assassinato de brasileiros
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Mais de 70 horas depois da morte do casal de brasileiros Kleber Pescone dos Santos, 28, e Lilian Carla D'Ascani dos Santos, 25, a polícia texana continua sem evidências que levem ao motivo ou ao autor do crime. "Coloquei toda a minha equipe no caso", disse o detetive Carl Duke, encarregado do caso.
Ambos foram mortos com tiros na cabeça na manhã de quarta-feira em Plano, nos EUA. A cidade fica a 30 quilômetros ao norte de Dallas, no Texas (sul do país). Segundo resultados preliminares da autópsia, Lilian levou dois tiros na cabeça e foi morta antes do marido. Kleber foi atingido depois, com um tiro na cabeça.
O casal foi encontrado no apartamento em que Kleber morava, no condomínio Centergate Spring Creek, pela vizinha, a brasileira Rose Andrade, que avisou a polícia. O marido dela trabalhava na cidade vizinha de Richardson, na multinacional Ericsson, com Kleber, que era desenhista de software de celulares.
Segundo o oficial Duke, nenhum vizinho ouviu tiros na noite de terça ou na manhã de quarta, nem qualquer tipo de discussão. A polícia disse que a porta de entrada do apartamento do casal foi retirada hoje para perícia para confirmar suspeitas de que a fechadura havia sido forçada.
Na própria quarta-feira, a polícia encontrou o carro Honda Civic que Kleber havia acabado de comprar no estacionamento, o que enfraquece a hipótese de roubo aventada inicialmente.
Michelle French, porta-voz da Ericsson em Nova York, disse que a multinacional prepara uma cerimônia nesta segunda em Plano para os pais do casal, que chegaram aos EUA na manhã de ontem, e seus colegas.
Segundo French, Kleber se ofereceu no começo do ano para a vaga no Texas pois queria morar nos EUA. "Como ele era qualificado o suficiente, o transferimos." A empresa está pagando as despesas da viagem dos pais e do enterro do casal.
Até às 20h, o consulado brasileiro em Dallas ainda não tinha recebido nenhuma documentação da polícia de Plano nem tinha feito qualquer contato com os pais do casal morto. "Ainda não emitimos o óbito brasileiro pois não sabemos de nada oficialmente", disse à Folha a vice-consulesa Loretta Montenegro por telefone.
O crime investigado agora é o terceiro registrado em Plano neste ano. No dia 23 de março, um funcionário da rede de fast food Jack in the Box foi morto dentro do carro com um tiro na cabeça quando ia trabalhar. O caso ainda não foi resolvido. Em abril, uma mulher e seu amante foram flagrados pelo marido e assassinados a tiros.
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