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12/11/2003 - 02h33

Rapaz planejava prestar direito para ser delegado

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da Folha de S.Paulo

Na segunda-feira, se tivesse retornado da viagem, Felipe Silva Caffé, 19, teria a primeira reunião em seu emprego novo: tinha sido selecionado para uma vaga de auxiliar de escritório. Mas, segundo seu pai, o sonho de Felipe era ser delegado.

Para atingir o objetivo, o adolescente --que estava no terceiro ano do ensino médio-- prestaria vestibular para o curso de direito.

Dedicado, brincalhão e extrovertido, Felipe era um jovem alegre e comunicativo, segundo as descrições dos amigos e dos vizinhos. Não gostava de brigas e costumava apaziguar os ânimos quando os amigos entravam em discussões.

Para os colegas de classe, ele seria incapaz de reagir a um assalto ou agredir alguma pessoa. "O Fê era muito verdadeiro. Não tinha inimigos", contou o colega C., 17.

Além do sonho de estudar direito, uma das paixões de Felipe estava no futebol, mais precisamente no Corinthians. Torcedor fanático do clube, praticava o esporte quase todos os dias.

Em homenagem, seus amigos levaram uma bandeira do time no enterro do adolescente.

Nos finais de semana, costumava sair com os amigos do bairro para dançar forró. Um dos programas preferidos do rapaz, no entanto, era mesmo acampar no sítio abandonado na cidade de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo. Ele teria feito essa viagem acompanhado dos amigos mais de 20 vezes nos últimos dois anos.

Felipe morava com a mãe, enfermeira, no bairro da Saúde (zona sul de São Paulo). Ele tinha 12 anos quando os pais se separaram.
 

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