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13/11/2003
-
06h55
do Agora
Triste, com saudades e indignado. Foram essas as palavras usadas pelo advogado Ari Friedenbach, 43, para definir ontem como se sentia pouco mais de 24 horas depois de descobrir que a filha mais velha, que ele buscara incessantemente, havia sido morta.
Ele defendeu a redução da maioridade penal, que permitiria que um dos acusados --R.A.A.C., 16-- cumprisse uma longa pena --em vez de ficar até três anos na Febem. Leia a entrevista:
Agora - Como era Liana?
Ari Friedenbach - Era muito amiga. Tinha grande poder de união, imensa alegria e o sorriso mais fácil que já vi.
Agora - Ela era bonita e inteligente. O sr. tinha ciúmes?
Friedenbach - Eu tinha um ciuminho, mas era bom vê-la com alguém [Felipe Caffé] que a fazia feliz. Afinal, o que um pai mais quer é ver o filho feliz. E ele a fazia. Ela até usava uma aliancinha.
Agora - O que achava do namoro?
Friedenbach - Fiquei muito feliz por ela estar namorando. É importante para o jovem se relacionar com os outros. Ele era uma pessoa da melhor índole, um rapagão de ouro.
Agora - O que o sr. sente em relação aos assassinos?
Friedenbach - Meu recado e minha raiva não são para quem cometeu o crime diretamente, mas para quem o comete indiretamente, que é o nosso poder instituído e inoperante, que deixa livre uma pessoa como ele, que já era criminoso. (...) Porque ele tem 16 anos não pode ter a foto e o nome nos jornais? Eu, você, todo cidadão tem o direito de saber com quem está cruzando na rua.
Agora - O sr. é a favor da redução da maioridade penal?
Friedenbach - Sou radicalmente a favor. Isso já deveria ter ocorrido há 20 anos, mas nossos legisladores se fazem de surdos quando a população clama por isso.
Agora - E da pena de morte?
Friedenbach - Acho uma coisa complicada, mas tudo tem de ser discutido.
Agora - O sr. sente ódio?
Friedenbach - Não estou nem em condições de sentir ódio.
Agora - O que o sr. sente?
Friedenbach - Saudade, tristeza e indignação.
Agora - E agora?
Friedenbach - Tenho minha família ainda, tenho de tocar a vida.
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Pai de Liana quer redução da maioridade penal
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Triste, com saudades e indignado. Foram essas as palavras usadas pelo advogado Ari Friedenbach, 43, para definir ontem como se sentia pouco mais de 24 horas depois de descobrir que a filha mais velha, que ele buscara incessantemente, havia sido morta.
Ele defendeu a redução da maioridade penal, que permitiria que um dos acusados --R.A.A.C., 16-- cumprisse uma longa pena --em vez de ficar até três anos na Febem. Leia a entrevista:
Agora - Como era Liana?
Ari Friedenbach - Era muito amiga. Tinha grande poder de união, imensa alegria e o sorriso mais fácil que já vi.
Agora - Ela era bonita e inteligente. O sr. tinha ciúmes?
Friedenbach - Eu tinha um ciuminho, mas era bom vê-la com alguém [Felipe Caffé] que a fazia feliz. Afinal, o que um pai mais quer é ver o filho feliz. E ele a fazia. Ela até usava uma aliancinha.
Agora - O que achava do namoro?
Friedenbach - Fiquei muito feliz por ela estar namorando. É importante para o jovem se relacionar com os outros. Ele era uma pessoa da melhor índole, um rapagão de ouro.
Agora - O que o sr. sente em relação aos assassinos?
Friedenbach - Meu recado e minha raiva não são para quem cometeu o crime diretamente, mas para quem o comete indiretamente, que é o nosso poder instituído e inoperante, que deixa livre uma pessoa como ele, que já era criminoso. (...) Porque ele tem 16 anos não pode ter a foto e o nome nos jornais? Eu, você, todo cidadão tem o direito de saber com quem está cruzando na rua.
Agora - O sr. é a favor da redução da maioridade penal?
Friedenbach - Sou radicalmente a favor. Isso já deveria ter ocorrido há 20 anos, mas nossos legisladores se fazem de surdos quando a população clama por isso.
Agora - E da pena de morte?
Friedenbach - Acho uma coisa complicada, mas tudo tem de ser discutido.
Agora - O sr. sente ódio?
Friedenbach - Não estou nem em condições de sentir ódio.
Agora - O que o sr. sente?
Friedenbach - Saudade, tristeza e indignação.
Agora - E agora?
Friedenbach - Tenho minha família ainda, tenho de tocar a vida.
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