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13/11/2003 - 09h52

Polícia prende em Pernambuco 5º suspeito de matar estudantes

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da Folha Online

O quinto suspeito de envolvimento no assassinato dos estudantes Liana Friedenbach, 16, e Felipe Silva Caffé, 19, foi preso na madrugada desta quinta-feira em Pernambuco. Policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pesssoa) tinham a informação de que Paulo César da Silva Marques, 32, o Pernambuco, seguia em um ônibus com destino à Paraíba.

As polícias de São Paulo e Pernambuco montaram bloqueios na estrada e prenderam o suspeito dentro do ônibus, na região de Petrolina. Ele será transferido à tarde para São Paulo.

Segundo a polícia, Pernambuco é o último suspeito de matar o casal que estava solto. Ele é apontado como o responsável por atirar contra Felipe e de desferir o primeiro golpe de faca contra Liana.

Reprodução
Pernambuco, preso nesta quinta-feira
Na madrugada da última quarta-feira foram detidos Antonio Matias de Barros, 48, que estava com a arma de Pernambuco, usada no crime, e outro homem identificado apenas como Antônio, caseiro do local que serviu de cativeiro para Liana. Segundo a polícia, foi ele quem contou em bares da região de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo, que Liana estava com um dos integrantes do grupo.

Também foram presos R.A.C., 16, que teria desferido outros golpes de faca contra Liana após Pernambuco, e Aguinaldo Pires, 41.

R.A.C. está custodiado. A Justiça decretou a prisão temporária dos outros envolvidos.

Arma

Os namorados estavam desaparecidos desde o último dia 31, quando foram acampar em um sítio abandonado em Embu-Guaçu. Os corpos foram encontrados na última segunda-feira. O rapaz foi morto com um tiro na nuca. Liana foi atacada a facadas.

A polícia acredita que a estudante tenha sido esfaqueada porque a munição da espingarda havia terminado.

Reprodução
Os estudantes Felipe e Liana
Motivação

O adolescente R.A.C. disse, segundo a polícia, que caminhava pela mata, no dia 1º, quando conheceu Pernambuco, que caçava na região. Eles, então, avistaram o casal, cuja aparência física destoava das pessoas que normalmente frequentam o local.

A polícia afirma, ainda de acordo com a versão de R.A.C., que o casal seria vítima de um assalto. Como estavam sem dinheiro, no local do acampamento, as vítimas foram levadas para uma casa localizada em um sítio da região, que serviu como uma espécie de cativeiro. Liana teria insinuado pertencer a uma família "de posses", despertando nos criminosos um plano de sequestro.

Felipe teria sido morto no dia 2, a tiros. Liana foi poupada por mais alguns dias, disse R.A.C. Teria sido morta no dia 5. O plano de pedir resgate à família de Liana teria falhado, com a aproximação da polícia, resultando na morte da estudante. A família da estudante não recebeu pedido de resgate.

As datas das mortes relatadas por R.A.C. e as divulgadas pelo IML (Instituto Médico Legal) não batem. Segundo o IML, Felipe foi assassinado na última quinta-feira e Liana, no domingo.

Viagem

Os estudantes mentiram sobre a viagem para os pais. Liana havia dito que iria para Ilhabela, no litoral, com um grupo de jovens da comunidade israelita. A família de Felipe disse que sabia que o rapaz iria acampar, mas acreditava que ele estaria com amigos.

Os pais descobriram a mentira dois dias depois de os estudantes viajarem, porque eles não retornavam para casa. Para chegar ao sítio, o casal pegou um ônibus para Embu-Guaçu, em uma viagem de cerca de duas horas. Na cidade, compraram miojo, água, biscoitos e leite em pó.

De lá, pegaram um outro ônibus para Santa Rita, um lugarejo perto do sítio abandonado. Os estudantes ainda andaram 4,5 km a pé até o local em que acamparam, sob um telhado caindo aos pedaços.

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