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13/11/2003 - 11h34

Acusado de matar casal estava com arranhões no rosto

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da Folha Online
do Agora

Acusado de matar os estudantes Liana Friedenbach, 16, e Felipe Silva Caffé, 19, o desempregado Paulo César da Silva Marques, 32, o Pernambuco, foi atendido na última sexta-feira (7) em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) na região do Parque Arariba, zona sul de São Paulo, com arranhões pelo rosto, pescoço e peito.

As marcas de agressão podem indicar que Liana tenha reagido antes de morrer. Pernambuco foi preso nesta quinta-feira em um ônibus em Petrolina (PE) e deverá ser trazido para São Paulo.

Ele é acusado de ter matado Felipe com um tiro na nuca, provavelmente no dia 2, e de ter desferido o primeiro golpe de faca contra Liana, que teria morrido no dia 6, segundo a polícia. Exame preliminar de peritos, no entanto, mostra que o casal teria sido morto entre a última sexta-feira e domingo (9).

Reprodução
Pernambuco, preso nesta quinta-feira
Vizinhos de Pernambuco, que morava em uma favela do Parque Arariba, disseram que ele é casado, tem filhos, e costumava ser visto frequentemente bêbado.

Pernambuco era o último suspeito de envolvimento no crime que estava solto. Outros quatro acusados já estavam detidos.

Liana e Felipe, que namoravam havia dois meses, estavam desaparecidos desde o último dia 31, quando foram acampar em um sítio abandonado em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo. Os corpos foram encontrados na última segunda-feira. O rapaz foi morto com um tiro na nuca. Liana foi atacada a facadas.

Motivação

O adolescente R.A.C., 16, que teria golpeado Liana depois de Pernambuco, disse, segundo a polícia, que caminhava pela mata, no dia 1º, quando conheceu o desempregado, que caçava tatu na região. Eles, então, avistaram o casal, cuja aparência física destoava das pessoas que normalmente frequentam o local.

A polícia afirma, ainda de acordo com a versão de R.A.C., que os estudantes seriam vítima de um assalto. Como estavam sem dinheiro, no local do acampamento, as vítimas foram levadas para uma casa localizada em um sítio da região, que serviu como uma espécie de cativeiro. Liana teria insinuado pertencer a uma família "de posses", despertando nos criminosos um plano de sequestro.

O plano de pedir resgate à família de Liana teria falhado, com a aproximação da polícia, resultando na morte da estudante, dias após o assassinato de Felipe. A família da estudante não recebeu pedido de resgate.

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