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25/01/2004
-
04h48
da Folha de S.Paulo
O hábito de lazer mais citado pelos paulistanos se dá em espaços privados fundamentais no cotidiano, uma vez que exercem funções antes associadas aos lugares públicos, como ruas e praças.
Em certo sentido, não é de surpreender que 69% declarem freqüentar shoppings. É como se a cidade não pudesse viver sem eles (são 71 de todos os tipos em São Paulo, sendo 34 do formato tradicional, como o shopping Ibirapuera). A importância que têm pode ser avaliada, por exemplo, pelo fato de 21% freqüentá-los uma vez ou mais por semana.
Parques e jardins --lugares eminentemente públicos e cuja freqüentação não requer gastos-- estão em segundo lugar (64%).
Embora a oferta desses espaços seja insuficiente, sobretudo nas áreas mais pobres, o alto percentual sugere que o que existe é bastante demandado pela população, analisa Dirce Koga, pesquisadora do Núcleo de Seguridade e Assistência Social da PUC-SP.
Completam os cinco primeiros postos de lazer habitual restaurantes (57%), aluguel de fitas de vídeo (50%) e cinema (47%).
A rarefação de lugares de lazer e cultura ocorre à medida que se afasta
do centro. Nas áreas em que a oferta é menor, encontra-se o maior contingente de jovens, informa Isaura Botelho, pesquisadora de políticas culturais do Centro de Estudos da Metrópole do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento).
Os resultados evidenciam o papel da renda na determinação dos hábitos. Na área rica Vila Mariana/Itaim Bibi, 71% viajam no final de semana. Apenas 30% fazem o mesmo na excluída Capão Redondo/Jardim Ângela. Na abastada Perdizes/Pinheiros, 66% freqüentam livrarias e 54%, teatro --mais do que o triplo do verificado em algumas áreas pobres.
A demanda por lazer e cultura, mostra a pesquisa, depende da renda, mas está relacionada também à bagagem cultural de cada um. O urbanista Kazuo Nakano, do Instituto Pólis, acrescenta outro aspecto: os "tempos livres" do jovem e do idoso, do homem e da mulher, são diferentes entre si.
Os bares são, dessa maneira, mais freqüentados por homens (52%) do que por mulheres (30%). E, coisas da vida, os hábitos pesquisados são menos citados a partir dos 41 anos.
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População faz do shopping sua área de lazer
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O hábito de lazer mais citado pelos paulistanos se dá em espaços privados fundamentais no cotidiano, uma vez que exercem funções antes associadas aos lugares públicos, como ruas e praças.
Em certo sentido, não é de surpreender que 69% declarem freqüentar shoppings. É como se a cidade não pudesse viver sem eles (são 71 de todos os tipos em São Paulo, sendo 34 do formato tradicional, como o shopping Ibirapuera). A importância que têm pode ser avaliada, por exemplo, pelo fato de 21% freqüentá-los uma vez ou mais por semana.
Parques e jardins --lugares eminentemente públicos e cuja freqüentação não requer gastos-- estão em segundo lugar (64%).
Embora a oferta desses espaços seja insuficiente, sobretudo nas áreas mais pobres, o alto percentual sugere que o que existe é bastante demandado pela população, analisa Dirce Koga, pesquisadora do Núcleo de Seguridade e Assistência Social da PUC-SP.
Completam os cinco primeiros postos de lazer habitual restaurantes (57%), aluguel de fitas de vídeo (50%) e cinema (47%).
A rarefação de lugares de lazer e cultura ocorre à medida que se afasta
do centro. Nas áreas em que a oferta é menor, encontra-se o maior contingente de jovens, informa Isaura Botelho, pesquisadora de políticas culturais do Centro de Estudos da Metrópole do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento).
Os resultados evidenciam o papel da renda na determinação dos hábitos. Na área rica Vila Mariana/Itaim Bibi, 71% viajam no final de semana. Apenas 30% fazem o mesmo na excluída Capão Redondo/Jardim Ângela. Na abastada Perdizes/Pinheiros, 66% freqüentam livrarias e 54%, teatro --mais do que o triplo do verificado em algumas áreas pobres.
A demanda por lazer e cultura, mostra a pesquisa, depende da renda, mas está relacionada também à bagagem cultural de cada um. O urbanista Kazuo Nakano, do Instituto Pólis, acrescenta outro aspecto: os "tempos livres" do jovem e do idoso, do homem e da mulher, são diferentes entre si.
Os bares são, dessa maneira, mais freqüentados por homens (52%) do que por mulheres (30%). E, coisas da vida, os hábitos pesquisados são menos citados a partir dos 41 anos.
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