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25/01/2004 - 05h50

Paulistano tem orgulho de São Paulo

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LUIZ CAVERSAN
da Folha de S.Paulo

São Paulo chega aos seus 450 anos com a auto-estima dos paulistanos em alta.

Apesar de apontar uma série de problemas na metrópole, com destaque para a violência, a maioria dos cidadãos, de acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha, está satisfeita em morar em São Paulo, da mesma forma que aumentou o orgulho tanto em relação à cidade quanto ao bairro em que o entrevistado mora.

Isso resultou no significativo aumento da nota dada à cidade.
Ao atribuir 7,7 em média para São Paulo, o paulistano faz a avaliação mais positiva desde que o Datafolha passou a realizar esse tipo de levantamento, em 1997, quando a nota alcançada foi 7,3.



Depois disso, o conceito da metrópole de acordo com a opinião dos habitantes caiu para 7,2 em 2000, permaneceu na casa dos 6% ao longo de 2001 e dá, agora, um salto de 1,2 ponto percentual.

Assim como a nota média, nunca foi tão alto o grau de satisfação do morador com sua cidade, situação oposta à do grau de insatisfação, que se encontra em baixa acentuada.

A satisfação de viver na principal metrópole do país vinha caindo desde que a pesquisa começou a ser feita há sete anos, quando 41% dos paulistanos diziam estar "muito satisfeitos" de morar em São Paulo. O patamar mais baixo deste quesito foi atingido em janeiro de 2001, quando o índice foi de apenas 25%. Houve oscilações ao longo de 2001, mas a curva se tornou ascendente no final do ano, chegando aos 46% atuais.

Esse percentual, 46%, é exatamente o mesmo daquele que se refere aos paulistanos que dizem estar apenas "um pouco satisfeitos". Mas é importante notar que esse número era de 51% na pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2001.

Quanto à insatisfação, que estava na casa dos 10% em 1997, subiu sucessivamente para 17% (em 2000), 21%, 21% e 25% (ao longo de 2001), caiu para 17% (em dezembro daquele ano) e chega a apenas 7% agora.

Outro indicador indiscutível do aumento da auto-estima do paulistano está contido nas respostas à seguinte pergunta, apresentada pelo Datafolha: "Você diria que tem mais orgulho do que vergonha ou mais vergonha do que orgulho de morar em São Paulo?".

A resposta é um verdadeiro "presente" para a cidade: nada menos que 83% dos entrevistados responderam que têm mais orgulho do que vergonha de residir na metrópole.

O instituto de pesquisa já havia apresentado essa mesma questão em levantamento realizado em abril de 2000. Na ocasião, o índice atingido foi de 59%.

Ou seja, São Paulo comemora hoje 450 anos com um aumento de 24 pontos percentuais no número de habitantes que se dizem orgulhosos de sua cidade.

Assim como em levantamentos anteriores, São Paulo continua sendo identificada por seus moradores como cidade de ofertas de trabalho e emprego.

Na verdade, essa é a sua principal vantagem, de acordo com as respostas dadas ao Datafolha.

No total, 32% dos entrevistados disseram isso, que a maior vantagem de se morar na cidade é desfrutar do mercado de trabalho.

É forçoso notar, no entanto, que o número alcançado pela atual pesquisa do Datafolha continua muito menor do que aquele auferido em 1997, quando nada menos do que 51% apontavam oportunidade de trabalho/emprego como a vantagem primeira de se viver em São Paulo.

Antes disso, o índice já havia despencado 13 pontos percentuais, de 1997 para a pesquisa realizada em 2001 (quando ficou em 38%). Nova queda é verificada agora, no caso bem menor, de 6 pontos percentuais.

Em segundo lugar no levantamento, com 22%, ficaram aqueles que deram respostas variadas à mesma pergunta (apontaram vantagens como como opções de escolas/educação, condições de transporte coletivo, cidade solidária, entre outros).

A seguir, com 17% das respostas, surgiu uma característica tradicionalmente relacionada a São Paulo, que é a de cidade em que se encontra tudo o que se procura ou tudo aquilo de que se precisa.

Na sequência dos que vêem vantagens em morar na capital vieram aqueles que apontaram o fato de São Paulo ter muitas opções de cultura e lazer, ser um bom local para ganhar dinheiro e uma cidade em que há bom atendimento na área de saúde.

Mas 12% dos entrevistados afirmaram que não há vantagem nenhuma em morar em São Paulo, e 9% não souberam responder ou não se lembraram de aspectos para destacar.

A pesquisa do Datafolha procurou aferir também do que o paulistano se lembra primeiro quando pensa na cidade de São Paulo. Predominaram os aspectos negativos da cidade, mas, na comparação com levantamentos anteriores, aumentou o percentual dos aspectos positivos relacionados. De fato, o que mais é lembrado sem que seja algo negativo refere-se a temas neutros, como locais (Ibirapuera, por exemplo) ou atributos da cidade (prédios altos). Esses ítens somaram 23%, contra 10% da pesquisa anterior.

Quanto aos pontos positivos relacionados pelos entrevistados, em primeiro lugar ficou, mais uma vez, alternativas de trabalho/emprego (4%), seguidas de opções de cultura de lazer (2%).

Finalmente, para confirmar a ascensão da auto-estima do paulistano é possível citar as respostas à pergunta: "Se você pudesse, mudaria de São Paulo?".

Foi atingido o menor índice (51%) dentre os que afirmaram que, sim, mudariam da cidade --esse número já foi 59% em 97, 64% em 2000 e 61% em 2001.



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