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23/02/2004
-
08h01
da Folha Online
O luxo e a polêmica marcaram a primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio. A noite contou com a reedição de um antigo enredo de sucesso pela Portela e exibiu o luxo nas alegorias por conta de patrocínios milionários que a Mangueira e o Salgueiro tiveram para levar a história de Minas Gerais e a produção de álcool para a avenida.
Mas quem roubou a cena e concentrou as atenções do público foi o polêmico carnaval de Joãosinho Trinta. Com o sugestivo enredo "Vamos Vestir a Camisinha, Meu Amor", a Grande Rio trouxe para avenida cenas de sexo que tiveram de ser cobertas por plásticos pretos para se ajustarem a uma recomendação da Promotoria de Infância e Juventude de Duque de Caxias (região metropolitana do Rio).
A Grande Rio trouxe ainda alas em homenagem ao Movimento GLTBs (Gays, Lésbicas, Travestis e Bissexuais), um carro alegórico falando dos prazeres nas casas noturnas e fantasias que representavam doenças sexualmente transmissíveis, principalmente a Aids.
Foi a segunda vez que Joãosinho trouxe para a avenida alegorias cobertas por plásticos pretos. Em 1989, quando era carnavalesco da Beija-Flor de Nilópolis, a escola foi impedida de desfilar com a imagem de um Cristo mendigo.
Favoritas
Também empolgou o público a sempre favorita Mangueira que recebeu pelo menos R$ 1,6 milhão de empresas de Minas Gerais para contar a história da antiga estrada que trazia o ouro de Minas a Parati (litoral sul do Rio). A escola terminou o desfile aos gritos de "É campeã!" da platéia.
Outra escola com patrocínio gordo que fez bonito na Sapucaí foi o Salgueiro, que contou a história do álcool como combustível do futuro. A escola recebeu R$ 1,2 milhão do grupo J. Pessoa, dono de oito usinas.
O primeiro dia de desfiles terminou com as lendas da Amazônia contadas pela Portela. A escola reeditou um samba que deu um campeonato para a escola em 1970. Com muitas cores e elementos da floresta, a Portela contou a lenda do guaraná, da cobra-grande, do saci-pererê e do pássaro uirapuru.
Homenagens e tecnologia
A escola de samba Unidos da Tijuca usou muita tecnologia para apresentar o enredo "O sonho da criação e a criação do sonho: A arte da ciência no tempo do impossível". No carro abre-alas, um ator representava o físico Albert Einstein (1879-1955). Franksteins, transgênicos, alquimia, clonagem, viagens espaciais e ficção científica foram alguns dos assuntos explorados pela escola para desenvolver o enredo.
A Caprichosos de Pilares apostou as fichas numa homenagem à apresentadora Xuxa Meneguel. Além de familiares e amigos da apresentadora, participaram do desfile da Caprichosos os ex-Big Brother Cristiano e Géris. Entre os destaques estavam ainda a modelo Cláudia Valenssa, irmã da Globeleza Valéria Valenssa.
A São Clemente, primeira a entrar na avenida, fez um desfile irreverente, que brincou com a política nacional e foi dedicado ao escritor Mauro Rasi, que morreu em abril de 2003, e ao personagem "Seu Crêison", criado pelo Casseta & Planeta.
Especial
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Luxo e polêmica marcam a primeira noite de desfiles no Rio
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O luxo e a polêmica marcaram a primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio. A noite contou com a reedição de um antigo enredo de sucesso pela Portela e exibiu o luxo nas alegorias por conta de patrocínios milionários que a Mangueira e o Salgueiro tiveram para levar a história de Minas Gerais e a produção de álcool para a avenida.
Mas quem roubou a cena e concentrou as atenções do público foi o polêmico carnaval de Joãosinho Trinta. Com o sugestivo enredo "Vamos Vestir a Camisinha, Meu Amor", a Grande Rio trouxe para avenida cenas de sexo que tiveram de ser cobertas por plásticos pretos para se ajustarem a uma recomendação da Promotoria de Infância e Juventude de Duque de Caxias (região metropolitana do Rio).
A Grande Rio trouxe ainda alas em homenagem ao Movimento GLTBs (Gays, Lésbicas, Travestis e Bissexuais), um carro alegórico falando dos prazeres nas casas noturnas e fantasias que representavam doenças sexualmente transmissíveis, principalmente a Aids.
Foi a segunda vez que Joãosinho trouxe para a avenida alegorias cobertas por plásticos pretos. Em 1989, quando era carnavalesco da Beija-Flor de Nilópolis, a escola foi impedida de desfilar com a imagem de um Cristo mendigo.
Favoritas
Também empolgou o público a sempre favorita Mangueira que recebeu pelo menos R$ 1,6 milhão de empresas de Minas Gerais para contar a história da antiga estrada que trazia o ouro de Minas a Parati (litoral sul do Rio). A escola terminou o desfile aos gritos de "É campeã!" da platéia.
Outra escola com patrocínio gordo que fez bonito na Sapucaí foi o Salgueiro, que contou a história do álcool como combustível do futuro. A escola recebeu R$ 1,2 milhão do grupo J. Pessoa, dono de oito usinas.
O primeiro dia de desfiles terminou com as lendas da Amazônia contadas pela Portela. A escola reeditou um samba que deu um campeonato para a escola em 1970. Com muitas cores e elementos da floresta, a Portela contou a lenda do guaraná, da cobra-grande, do saci-pererê e do pássaro uirapuru.
Homenagens e tecnologia
A escola de samba Unidos da Tijuca usou muita tecnologia para apresentar o enredo "O sonho da criação e a criação do sonho: A arte da ciência no tempo do impossível". No carro abre-alas, um ator representava o físico Albert Einstein (1879-1955). Franksteins, transgênicos, alquimia, clonagem, viagens espaciais e ficção científica foram alguns dos assuntos explorados pela escola para desenvolver o enredo.
A Caprichosos de Pilares apostou as fichas numa homenagem à apresentadora Xuxa Meneguel. Além de familiares e amigos da apresentadora, participaram do desfile da Caprichosos os ex-Big Brother Cristiano e Géris. Entre os destaques estavam ainda a modelo Cláudia Valenssa, irmã da Globeleza Valéria Valenssa.
A São Clemente, primeira a entrar na avenida, fez um desfile irreverente, que brincou com a política nacional e foi dedicado ao escritor Mauro Rasi, que morreu em abril de 2003, e ao personagem "Seu Crêison", criado pelo Casseta & Planeta.
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