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27/02/2004 - 20h07

Entenda o caso das mortes no Zoológico de São Paulo

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da Folha Online

Ao menos 59 animais morreram envenenados no Zoológico de São Paulo desde o dia 24 de janeiro. Porém, neste período, cerca de cem animais foram encontrados mortos no parque.

Para a polícia, a hipótese de envenenamento acidental é remota. O delegado Clóvis Ferreira de Araújo, chefe da unidade de inteligência do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), afirma que 40 pessoas são consideradas suspeitas e que cinco delas são investigadas "com mais ênfase".

Exames realizados em 56 animais apontaram o fluoracetato de sódio --substância proibida no país-- como a causa da morte. A direção do zoológico acredita que outros animais também ingeriram o veneno e devem morrer nos próximos dias.

Mortes

Dos 59 animais mortos, 46 não estavam em recintos de exposição, ou seja, estavam afastados do público que visita o parque.

Morreram três chimpanzés, três antas, quatro dromedários, uma elefanta, um bisão, um orangotango, dois macacos caiarara, quatro micos-leões-dourados e 40 porcos-espinhos.

Um macaco-de-cheiro, outros dois micos-leões-dourados, um tamanduá-mirim e um outro dromedário também podem ter sido envenenados. Estes animais ainda não foram submetidos a exames.

O zoológico acredita que outros três porcos-espinhos que estavam com os outros que já morreram também ingeriram o veneno e devem morrer nos próximos dias.

Fluoracetato

O fluoracetato de sódio é um veneno altamente letal, usado em raticidas, e tem a comercialização proibida no país.

Segundo José Luiz Catão Dias, diretor técnico-científico do zoológico, o veneno age dentro das células, principalmente do coração, impedindo que elas respirem. "O animal acaba morrendo por falência múltipla dos órgãos", disse.

Não há antídoto para neutralizar o veneno e, por isso, a morte dos animais ocorre entre 30 minutos e 6 horas após a ingestão. "Porém, há casos sabidos de animais que sobrevivem até 12 dias", afirmou o diretor.

Dias disse ainda que alguns animais são mais sensíveis ao veneno do que outros. Peixes, por exemplo, não são mortos pelo fluoracetato.
 

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