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06/03/2004
-
03h41
da Folha de S.Paulo, no Rio
Personalidade legendária da sociedade carioca, o playboy Jorginho Guinle, que nunca trabalhou em seus 88 anos, morreu às 4h30 de ontem, na suíte 153 do Copacabana Palace, vítima de um aneurisma da aorta abdominal.
Jorginho --que nos últimos anos vivia da aposentadoria de pouco mais de R$ 1.500, paga pelo INSS, e da ajuda de amigos-- havia sido internado na última segunda no hospital municipal de Ipanema com desidratação, desnutrição e arritmia cardíaca.
O aneurisma foi diagnosticado pela equipe do hospital, mas ele não quis ser operado, já que as chances de sobreviver seriam pequenas. Assinou um termo de responsabilidade e recebeu alta para passar sua última noite no Copacabana Palace, construído há 81 anos por seu tio Octavio Guinle e vendido em 1989.
De acordo com amigos, ao deixar o hospital Jorginho fez questão de beijar as mãos do médico Otávio Vaz. E disse: "Eu vou para o céu. É o Copacabana Palace".
No hotel, Jorginho tomou milk-shake de baunilha com calda de caramelo. Depois, jantou estrogonofe de frango. Na sobremesa, sorvete de framboesa.
Jorginho se declarava ateu e epicurista. Estudou filosofia e se dizia marxista por influência de uma preceptora alemã cujo irmão teria sido companheiro de Lenin (1870-1924), líder da Revolução Russa.
Não houve missa antes de seu enterro, que ocorreu às 11h40, no cemitério São João Batista. A cerimônia teve um cortejo discreto.
"Foi o último playboy. O verdadeiro", disse o amigo Mariozinho de Oliveira, fundador, nos anos 40, do Clube dos Cafajestes, que reunia ilustres boêmios cariocas.
Segundo a filha de Jorginho, Georgeana Guinle, 33, o pai ouviu música antes de se deitar. "Papai dizia que o epitáfio dele, como gostava muito de música, não seria 'aqui jaz', mas 'aqui jazz'".
Nascido em 5 de fevereiro de 1916, Jorginho era filho de Carlos Guinle e Gilda de Oliveira Rocha Guinle. Além de Georgeana, filha de sua ex-mulher Ionita Sales Pinto, ele deixou outro filho, Gabriel, 22, que teve com sua última mulher, Maria Helena.
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Jorginho --que nos últimos anos vivia da aposentadoria de pouco mais de R$ 1.500, paga pelo INSS, e da ajuda de amigos-- havia sido internado na última segunda no hospital municipal de Ipanema com desidratação, desnutrição e arritmia cardíaca.
O aneurisma foi diagnosticado pela equipe do hospital, mas ele não quis ser operado, já que as chances de sobreviver seriam pequenas. Assinou um termo de responsabilidade e recebeu alta para passar sua última noite no Copacabana Palace, construído há 81 anos por seu tio Octavio Guinle e vendido em 1989.
De acordo com amigos, ao deixar o hospital Jorginho fez questão de beijar as mãos do médico Otávio Vaz. E disse: "Eu vou para o céu. É o Copacabana Palace".
No hotel, Jorginho tomou milk-shake de baunilha com calda de caramelo. Depois, jantou estrogonofe de frango. Na sobremesa, sorvete de framboesa.
Jorginho se declarava ateu e epicurista. Estudou filosofia e se dizia marxista por influência de uma preceptora alemã cujo irmão teria sido companheiro de Lenin (1870-1924), líder da Revolução Russa.
Não houve missa antes de seu enterro, que ocorreu às 11h40, no cemitério São João Batista. A cerimônia teve um cortejo discreto.
"Foi o último playboy. O verdadeiro", disse o amigo Mariozinho de Oliveira, fundador, nos anos 40, do Clube dos Cafajestes, que reunia ilustres boêmios cariocas.
Segundo a filha de Jorginho, Georgeana Guinle, 33, o pai ouviu música antes de se deitar. "Papai dizia que o epitáfio dele, como gostava muito de música, não seria 'aqui jaz', mas 'aqui jazz'".
Nascido em 5 de fevereiro de 1916, Jorginho era filho de Carlos Guinle e Gilda de Oliveira Rocha Guinle. Além de Georgeana, filha de sua ex-mulher Ionita Sales Pinto, ele deixou outro filho, Gabriel, 22, que teve com sua última mulher, Maria Helena.
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