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29/03/2004
-
08h04
da Agência Folha
da Folha de S.Paulo
Só nesta semana é que o Cptec (Centro de Estudos Climáticos e Previsão de Tempo), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), deve divulgar uma avaliação sobre o fenômeno que atingiu a região Sul do país.
Até domingo, o órgão, que classificou o fenômeno como um ciclone extratropical, continuava sustentando a mesma posição. "Identificamos várias diferenças entre o ciclone que atingiu Santa Catarina e um furacão. O fato de o ciclone possuir um olho é que nos chama a atenção, e isso será devidamente analisado", afirmou Kelen Martins Andrade, 28, meteorologista do Cptec.
Outra diferença, segundo o Cptec, é a temperatura do oceano, que, para a formação de um furacão, deve ser superior a 28°C. Os ciclones se formam em temperaturas mais baixas, por volta de 24°C, além de a velocidade dos ventos ser mais baixa.
O assunto divide os especialistas. No Climerh (Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina), foi mantida a classificação de furacão para o fenômeno, acompanhando a definição do Centro Nacional de Furacões dos EUA. Para o meteorologista Marcelo Martins, só quando chegou à costa o furacão se descaracterizou.
Daniel Caliero, também do Climerh, explicou que a definição se deve à classificação feita por institutos americanos. "Eles têm tecnologia para fazer o diagnóstico."
Localização
Já para os especialistas da Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo, a definição do fenômeno dependerá de estudos. "Os cientistas terão que, eventualmente, designar um novo conceito, como furacão extratropical", afirmou Alexandre Amaral de Aguiar, coordenador de relações institucionais da rede.
Para a meteorologista Marlene Leal, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o ciclone extratropical pode ser considerado um furacão de nível 1, com ventos entre 118 e 150 km/h.
"A nomenclatura varia segundo a localização. No Atlântico Sul, se dá o nome de ciclone extratropical. No Atlântico Norte, furacão."
A meteorologista explica que o ciclone Catarina se formou na sexta, a partir de uma frente fria no oceano Atlântico, próxima à Bahia, que se intensificou no mar, formando o ciclone.
Manoel Rangel, meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em Brasília, afirmou que as autoridades de Santa Catarina foram informadas sobre a aproximação do ciclone.
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da Folha de S.Paulo
Só nesta semana é que o Cptec (Centro de Estudos Climáticos e Previsão de Tempo), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), deve divulgar uma avaliação sobre o fenômeno que atingiu a região Sul do país.
Até domingo, o órgão, que classificou o fenômeno como um ciclone extratropical, continuava sustentando a mesma posição. "Identificamos várias diferenças entre o ciclone que atingiu Santa Catarina e um furacão. O fato de o ciclone possuir um olho é que nos chama a atenção, e isso será devidamente analisado", afirmou Kelen Martins Andrade, 28, meteorologista do Cptec.
Outra diferença, segundo o Cptec, é a temperatura do oceano, que, para a formação de um furacão, deve ser superior a 28°C. Os ciclones se formam em temperaturas mais baixas, por volta de 24°C, além de a velocidade dos ventos ser mais baixa.
O assunto divide os especialistas. No Climerh (Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina), foi mantida a classificação de furacão para o fenômeno, acompanhando a definição do Centro Nacional de Furacões dos EUA. Para o meteorologista Marcelo Martins, só quando chegou à costa o furacão se descaracterizou.
Daniel Caliero, também do Climerh, explicou que a definição se deve à classificação feita por institutos americanos. "Eles têm tecnologia para fazer o diagnóstico."
Localização
Já para os especialistas da Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo, a definição do fenômeno dependerá de estudos. "Os cientistas terão que, eventualmente, designar um novo conceito, como furacão extratropical", afirmou Alexandre Amaral de Aguiar, coordenador de relações institucionais da rede.
Para a meteorologista Marlene Leal, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o ciclone extratropical pode ser considerado um furacão de nível 1, com ventos entre 118 e 150 km/h.
"A nomenclatura varia segundo a localização. No Atlântico Sul, se dá o nome de ciclone extratropical. No Atlântico Norte, furacão."
A meteorologista explica que o ciclone Catarina se formou na sexta, a partir de uma frente fria no oceano Atlântico, próxima à Bahia, que se intensificou no mar, formando o ciclone.
Manoel Rangel, meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em Brasília, afirmou que as autoridades de Santa Catarina foram informadas sobre a aproximação do ciclone.
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