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01/04/2004 - 20h42

Entenda o caso sobre a morte do casal Staheli

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da Folha Online

O diretor de Gás e Energia da Shell, Todd Staheli, 39, e sua mulher, Michelle, 36, morreram após serem golpeados, no dia 30 de novembro de 2003, em casa, no condomínio Porto dos Cabritos, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Staheli morreu no próprio dia 30. Michelle ficou internada em coma profundo e morreu na manhã do dia 4 de dezembro no hospital Copa D'Or. O casal foi encontrado na cama pelo filho, que entrou no quarto atraído pelo despertador que não parava de tocar. Nada foi roubado na casa e os portões não foram arrombados.

O casal, de nacionalidade norte-americana, estava no Brasil havia apenas três meses, com os quatro filhos: três meninas --de 13, 8 e 3 anos-- e um menino de 10 anos.

Reprodução
Casa do casal Staheli, em condomínio do Rio
Acusado e arma do crime

Apontado como o responsável pelo assassinato do casal, Jossiel Conceição dos Santos, 20, foi preso na madrugada do dia 1º de abril ao pular o muro de uma residência no mesmo condomínio onde ocorreu o crime. Ele trabalhava como caseiro em um imóvel vizinho ao do casal morto.

A motivação do crime, porém, ainda não foi elucidada. Aparentando tranqüilidade, o acusado participou de coletiva de imprensa e respondeu a perguntas feitas pelo Secretário da Segurança, Anthony Garotinho.

Disse que o crime não foi planejado e que foi cometido por vingança porque era humilhado por Todd, que certa vez teria se referido a ele como "crioulo".

Segundo a Secretaria da Segurança, a arma utilizada no crime é um pé-de-cabra que foi encontrado em uma caixa de ferramentas, na casa onde o acusado trabalhava como caseiro.

Inicialmente, a polícia chegou a cogitar a possibilidade de o criminoso ter usado uma machadinha, uma enxada ou uma tesoura de jardineiro.

Sangue

Para a polícia, o acusado disse ter golpeado Michelle porque ela acordara. Disse que sujou a mão com sangue e que usou uma torneira da casa para se limpar.

No entanto, durante as investigações, a polícia afirmara que nenhum vestígio de sangue fora encontrado na casa, mesmo após a utilização do luminol --substância capaz de revelar sinais de sangue após o lugar ser lavado.

Filhos

Policiais da Delegacia de Homicídios consideraram a filha mais velha como a principal testemunha do caso. Ela teria sido a última pessoa da casa a ir dormir na noite anterior ao crime.

Os dois filhos mais velhos de Michelle e Staheli e um casal de amigos americanos que prestou assistência às crianças após o crime foram obrigados pela Justiça a permanecer no país para que prestassem depoimento.

Os quatro filhos do casal retornaram para os Estados Unidos no dia 11 de dezembro, após a polícia realizar a reconstituição do crime.

Uma machadinha encontrada na casa foi periciada pela polícia. Tanto a perícia quanto a contraprova realizadas com luminol (substância que detecta vestígios de sangue não aparentes a olho nu) deram negativo.

Investigação

O secretário da Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, chegou a sugerir a possível participação de familiares no crime.

Especialistas em DNA da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) encontraram sob uma unha da mão direita de Michelle material genético (células que podem ser de pele ou de sangue, por exemplo) de um homem.

O motorista da família, Sebastião Moura, e um segurança do condomínio onde morava o casal foram submetidos a exames de DNA feitos a partir do material recolhido na unha de Michelle. Os resultados deram negativo, ou seja, o material encontrado na unha da vítima não era do motorista ou do segurança.

Os exames de DNA foram solicitados após a polícia encontrar marcas de sangue no carro de Moura. No entanto, segundo o Ministério Público do Rio, o material encontrado no volante e no câmbio do carro e em um guardanapo que estava em uma lixeira no veículo é do próprio motorista.

Em fevereiro, a Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico de 14 linhas de suspeitos de envolvimento no assassinato a pedido do Ministério Público Estadual.

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