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07/04/2004 - 21h17

Advogados contestam provas da polícia contra Gil Rugai

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CAIO MAIA
da Folha Online

Os advogados de Gil Rugai, 20, disseram na tarde desta quarta-feira que as provas apresentadas pela polícia de São Paulo não são suficientes para incriminá-lo pelas mortes de seu pai, o empresário Luiz Rugai, 40, e da mulher dele, Alessandra, 33. Com prisão temporária de 15 dias decretada, Gil se apresentou na tarde de terça-feira (6) à polícia.

Nesta quarta, a polícia apresentou uma série de documentos que seriam indícios da participação de Gil no crime. A polícia também divulgou uma série de imagens apreendidas no quarto do rapaz, de situações de consumo de cocaína, nas quais não é possível identificar Gil. O suspeito diz ter sido uma brincadeira.

Segundo os advogados Paulo José da Costa Jr. e Fernando José da Costa, Gil nunca usou drogas. Porém, eles sugeriram que o pai e a madrasta do rapaz usavam, e afirmaram que a comprovação pode ocorrer por meio de prova toxicológica dos corpos.

Com isso, os advogados pretendem apontar uma outra possibilidade para o crime. Eles insistem no fato de que as únicas evidências fortes da participação de Gil no crime são testemunhais, sem "materialidade", o que não é suficiente para condenar o rapaz.

Prova testemunhal

O advogado Paulo José da Costa, que tem 79 anos e é considerado um dos "medalhões" do direito penal paulista, citou uma máxima das escolas de direito que diz que "a prova testemunhal é a meretriz das provas". "Não há um exame de DNA, uma impressão digital, nenhuma prova material contra Gil", afirma.

Gil, que trabalhava na produtora do pai --a Referência Filmes--, foi demitido dias antes do crime. Sobre as brigas dos dois, os advogados dizem que o rapaz foi demitido da produtora, nos últimos três anos, 14 vezes, e que sempre voltava.

Prisão e imagens

Fernando José da Costa afirmou que não vai pedir a revogação da prisão de Gil. "Quero que ele fique à disposição da polícia", disse.

Ele disse também que, nesta quinta-feira, pedirá à administração do shopping Frei Caneca, onde Gil afirma ter ido ao cinema, as fitas do sistema de segurança que comprovem que seu cliente estava de fato tentando ir ao cinema no horário em que o crime foi cometido.

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