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16/04/2004 - 09h31

Polícia "caça" traficante que tentou invadir a Rocinha

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da Folha Online

Cerca de 300 policiais civis de delegacias especializadas realizam nesta sexta-feira uma operação no complexo do Alemão, zona norte do Rio, para tentar localizar o traficante Eduíno Eustáquio de Araújo, o Dudu. Ele é apontado pela polícia como o responsável por tentar invadir a favela da Rocinha, há uma semana, iniciando aos confrontos na região. O chefe da Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, supervisiona a ação.

Dudu é rival de Luciano Barbosa da Silva, o Lulu, que chefiava o tráfico na Rocinha. Lulu foi morto na última quarta-feira durante incursão da polícia na favela.

Dudu, segundo a polícia, participou do "bonde" (comboio de criminosos armados), na última sexta-feira, na avenida Niemeyer, que resultou na morte da mineira Telma Veloso Pinto, 38. Ela ocupava um veículo que tentou escapar do cerco e foi atingida por um tiro de fuzil.

Por causa da morte de Telma, o Ministério Público do Rio denunciou (acusou formalmente) e pediu a prisão preventiva de Dudu e de outros sete acusados.

Também estava no "bonde" Pedro Arthur de Farias, 44, o Cuca. Ele foi preso dois dias depois e apontou Dudu como líder da ação.

Rocinha

A polícia passou a ocupar a Rocinha na última segunda-feira, com 1.300 homens. Os confrontos resultaram na morte de 12 pessoas. A ocupação não tem data para terminar.

A madrugada desta sexta-feira não teve tiroteio, mortos ou feridos na Rocinha. No entanto, os moradores evitaram sair às ruas e os comerciantes não abriram os estabelecimentos.

Nesta quinta, colegas do traficante morto protagonizaram tumultos após o enterro de Lulu, no retorno para a Rocinha.

Moradores, que estavam em sete ônibus, quebraram janelas e subiram no teto dos veículos. Entre outros gritos de guerra entoados, os passageiros cantaram: "Ahá, uhú, é o bonde do Lulu".

A onda de violência levantou novamente a hipótese de o Exército ser enviado ao Rio para ajudar no combate ao crime organizado. A idéia, por enquanto, foi deixada de lado pelo governo federal, mas não está descartada.

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