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07/05/2004
-
22h14
JAIRO MARQUES
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O sul de Santa Catarina registrava nesta sexta-feira quatro municípios em situação de emergência, 220 famílias desalojadas, cinco comunidades isoladas e centenas de pontos de alagamento em decorrência das chuvas que atingem o Estado desde segunda-feira. No Rio Grande do Sul, dois municípios enfrentam transtornos com enchentes. Três pessoas morreram afogadas nos dois Estados.
As chuvas intensas, segundo o Climerh (Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina), são em decorrência de uma frente fria que ficou estacionada sobre a região Sul associada a um sistema de baixa pressão atmosférica. O tempo deve melhorar a partir de sábado (8).
Segundo a meteorologista Marilene Lima, do Climerh, as precipitações, que em diversos municípios do sul catarinense já representam o triplo da média histórica do mês de maio, não têm relação com um ciclone extratropical.
"Apesar de haver condições para a formação de um ciclone extratropical, que é um fenômeno típico para esta época do ano, o que tivemos aqui, até agora, foi a atuação de um sistema de baixa pressão atmosférica, uma área de instabilidade", afirmou.
Prejuízos e mortes
Em Forquilinhas, 40 famílias tiveram de deixar suas casas para se abrigar em escolas. Duas garotas morreram afogadas, e quatro comunidades estavam ilhadas devido à interdição de estradas. Cristiane Cardoso, 13, e Aline Barros Nunes, 14, estavam perto de um represamento de água formado pelas chuvas quando se acidentaram e morreram.
Houve enchentes também em Laguna, Meleiro, Morro da Fumaça, Criciúma e Araranguá, onde havia 120 famílias desalojadas.
O agricultor Jorge Augusto Bacchini Adamole, 43, morreu afogado nesta sexta-feira quando atravessava uma ponte na zona rural de Pelotas, que juntamente com Capão do Leão, ficou isolada.
Para o meteorologista Solismar Prestes, do 8º Distrito de Meteorologia, o que houve no Rio Grande do Sul foi apenas chuva. Não há relação com o clima em Santa Catarina, pois a região de Pelotas, próxima ao Uruguai, é distante da divisa entre os Estados.
Em Pelotas, ao menos 120 famílias ficaram desabrigadas em razão da chuva, que atingiu 238 mm --quase o triplo da média mensal. Foi decretada situação de emergência --três das quatro rodovias que dão acesso ao município foram interrompidas.
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LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O sul de Santa Catarina registrava nesta sexta-feira quatro municípios em situação de emergência, 220 famílias desalojadas, cinco comunidades isoladas e centenas de pontos de alagamento em decorrência das chuvas que atingem o Estado desde segunda-feira. No Rio Grande do Sul, dois municípios enfrentam transtornos com enchentes. Três pessoas morreram afogadas nos dois Estados.
As chuvas intensas, segundo o Climerh (Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina), são em decorrência de uma frente fria que ficou estacionada sobre a região Sul associada a um sistema de baixa pressão atmosférica. O tempo deve melhorar a partir de sábado (8).
Segundo a meteorologista Marilene Lima, do Climerh, as precipitações, que em diversos municípios do sul catarinense já representam o triplo da média histórica do mês de maio, não têm relação com um ciclone extratropical.
"Apesar de haver condições para a formação de um ciclone extratropical, que é um fenômeno típico para esta época do ano, o que tivemos aqui, até agora, foi a atuação de um sistema de baixa pressão atmosférica, uma área de instabilidade", afirmou.
Prejuízos e mortes
Em Forquilinhas, 40 famílias tiveram de deixar suas casas para se abrigar em escolas. Duas garotas morreram afogadas, e quatro comunidades estavam ilhadas devido à interdição de estradas. Cristiane Cardoso, 13, e Aline Barros Nunes, 14, estavam perto de um represamento de água formado pelas chuvas quando se acidentaram e morreram.
Houve enchentes também em Laguna, Meleiro, Morro da Fumaça, Criciúma e Araranguá, onde havia 120 famílias desalojadas.
O agricultor Jorge Augusto Bacchini Adamole, 43, morreu afogado nesta sexta-feira quando atravessava uma ponte na zona rural de Pelotas, que juntamente com Capão do Leão, ficou isolada.
Para o meteorologista Solismar Prestes, do 8º Distrito de Meteorologia, o que houve no Rio Grande do Sul foi apenas chuva. Não há relação com o clima em Santa Catarina, pois a região de Pelotas, próxima ao Uruguai, é distante da divisa entre os Estados.
Em Pelotas, ao menos 120 famílias ficaram desabrigadas em razão da chuva, que atingiu 238 mm --quase o triplo da média mensal. Foi decretada situação de emergência --três das quatro rodovias que dão acesso ao município foram interrompidas.
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