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31/05/2004
-
20h39
da Folha Online
O subsecretário das Unidades Prisionais do Estado do Rio, coronel Francisco Spargoli, informou na noite desta segunda-feira que, para o governo, a rebelião na Casa de Custódia de Benfica (zona norte), iniciada no sábado, está "oficialmente" encerrada. Ele atuou como um dos negociadores.
Segundo o coronel, os policiais militares aguardam o religamento total da luz para entrar nas celas, recolher as armas e fazer a conferência de presos.
Os rebelados mantiveram 21 reféns, entre agentes penitenciários e policiais reformados, contratados para fazer a segurança no local --14 deles ainda estariam na unidade.
No domingo, o agente penitenciário Marco Antonio Borgati, 43, que era mantido refém, foi morto com um tiro nas costas pelos presos, segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários.
Ainda não há confirmação sobre o estado de saúde dos reféns ou se presos rivais também foram mortos pelos rebelados. Além de policiais, um pastor evangélico participou das negociações com os amotinados.
Rebelião
O motim havia começado por volta das 6h30 de sábado, com uma tentativa frustrada de fuga em massa. Segundo a polícia, 17 presos fugiram e três foram recapturados.
Policiais disseram, informalmente, que a fuga contou com o apoio de traficantes da favela Parque Arará, que fica atrás do presídio.
Dois veículos esperavam os presos fora da Casa de Custódia de Benfica. Outros três veículos foram roubados nas imediações da unidade.
Inaugurada há três meses, a Casa de Custódia abrigava, antes da fuga, cerca de 900 presos. O local tem capacidade para 1.300 pessoas.
Investigação
O governo do Estado do Rio afirma que está investigando se houve conivência de funcionários para facilitar a fuga.
Rosinha rebateu declarações do secretário da Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, de que o local onde foi instalada a Casa de Custódia não é seguro. A governadora afirma que foram tomadas medidas de segurança para que a unidade recebesse os presos.
"As paredes internas são revestidas de chapas de aço. O local é seguro", disse a governadora.
Os presos abriram buracos nas paredes da cadeia, cuja qualidade da construção está sendo questionada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários.
Mortes
A secretaria informou que não está descartada a possibilidade de outras pessoas terem sido mortas pelos rebelados. Há informações, não confirmadas, de que presos vinculados às facções criminosas TCP (Terceiro Comando Puro) e ADA (Amigos dos Amigos) foram assassinados dentro da carceragem por detentos que fazem parte do CV (Comando Vermelho), líderes da rebelião.
O preso identificado como Wescley disse aos jornalistas, por telefone celular, na noite de domingo, que não havia outros mortos dentro da carceragem.
Armas
Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, deputado estadual Geraldo Moreira (PSB), os presos portavam fuzis, pistolas e escopetas. A luz e a água da unidade foram cortadas durante a rebelião.
Os presos exibiram várias faixas. Em uma delas disseram que haveria uma rebelião no complexo penitenciário de Bangu (zona oeste) e pediram a transferência de presos de outras facções. "A próxima vai ser em Bangu. Tirem os alemão [inimigos] da cadeia. Água e óleo não se misturam", dizia uma faixa.
Com Folha de S.Paulo, no Rio e com Agência Brasil
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O subsecretário das Unidades Prisionais do Estado do Rio, coronel Francisco Spargoli, informou na noite desta segunda-feira que, para o governo, a rebelião na Casa de Custódia de Benfica (zona norte), iniciada no sábado, está "oficialmente" encerrada. Ele atuou como um dos negociadores.
Segundo o coronel, os policiais militares aguardam o religamento total da luz para entrar nas celas, recolher as armas e fazer a conferência de presos.
Os rebelados mantiveram 21 reféns, entre agentes penitenciários e policiais reformados, contratados para fazer a segurança no local --14 deles ainda estariam na unidade.
No domingo, o agente penitenciário Marco Antonio Borgati, 43, que era mantido refém, foi morto com um tiro nas costas pelos presos, segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários.
Ainda não há confirmação sobre o estado de saúde dos reféns ou se presos rivais também foram mortos pelos rebelados. Além de policiais, um pastor evangélico participou das negociações com os amotinados.
Rebelião
O motim havia começado por volta das 6h30 de sábado, com uma tentativa frustrada de fuga em massa. Segundo a polícia, 17 presos fugiram e três foram recapturados.
Policiais disseram, informalmente, que a fuga contou com o apoio de traficantes da favela Parque Arará, que fica atrás do presídio.
Dois veículos esperavam os presos fora da Casa de Custódia de Benfica. Outros três veículos foram roubados nas imediações da unidade.
Inaugurada há três meses, a Casa de Custódia abrigava, antes da fuga, cerca de 900 presos. O local tem capacidade para 1.300 pessoas.
Investigação
O governo do Estado do Rio afirma que está investigando se houve conivência de funcionários para facilitar a fuga.
Rosinha rebateu declarações do secretário da Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, de que o local onde foi instalada a Casa de Custódia não é seguro. A governadora afirma que foram tomadas medidas de segurança para que a unidade recebesse os presos.
"As paredes internas são revestidas de chapas de aço. O local é seguro", disse a governadora.
Os presos abriram buracos nas paredes da cadeia, cuja qualidade da construção está sendo questionada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários.
Mortes
A secretaria informou que não está descartada a possibilidade de outras pessoas terem sido mortas pelos rebelados. Há informações, não confirmadas, de que presos vinculados às facções criminosas TCP (Terceiro Comando Puro) e ADA (Amigos dos Amigos) foram assassinados dentro da carceragem por detentos que fazem parte do CV (Comando Vermelho), líderes da rebelião.
O preso identificado como Wescley disse aos jornalistas, por telefone celular, na noite de domingo, que não havia outros mortos dentro da carceragem.
Armas
Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, deputado estadual Geraldo Moreira (PSB), os presos portavam fuzis, pistolas e escopetas. A luz e a água da unidade foram cortadas durante a rebelião.
Os presos exibiram várias faixas. Em uma delas disseram que haveria uma rebelião no complexo penitenciário de Bangu (zona oeste) e pediram a transferência de presos de outras facções. "A próxima vai ser em Bangu. Tirem os alemão [inimigos] da cadeia. Água e óleo não se misturam", dizia uma faixa.
Com Folha de S.Paulo, no Rio e com Agência Brasil
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