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18/06/2004
-
23h00
JAIRO MARQUES
da Agência Folha
Pelos menos 104 pessoas morreram em decorrência das chuvas que assolaram os Estados do Nordeste neste ano. De acordo a Sedec (Secretaria Nacional de Defesa Civil), apenas 7% dos 5.507 municípios brasileiros possuem Corpo de Bombeiros capacitado para atuar em desastres. Outro dado aponta que 120 cidades, mais as capitais, têm potencial para sofrer tragédias naturais.
A Paraíba foi o Estado que mais registrou mortes ocasionadas pela força das águas: 33, sendo pelo menos quatro, nesta sexta-feira, devido ao rompimento da barragem de Camará, em Alagoa Nova. Alagoas vem em seguida, com 29 mortes.
Entre os dias 31 de maio e 2 de junho, 23 pessoas, sendo 16 crianças, morreram em Maceió vítimas da chuva. A maioria delas morreu soterrada em deslizamentos de terra. Segundo avaliação preliminar da Defesa Civil, os prejuízos foram de R$ 2 milhões.
"As mortes que estão ocorrendo são exatamente onde as prefeituras não estão organizadas em suas defesas civis. Onde há preparo da população e do poder público para encarar o desastre, as perdas humanas são bem menores", afirmou o secretário Nacional de Defesa Civil, Jorge Pimentel.
Preparação
No Brasil, segundo a secretaria, 3.600 municípios possuem uma coordenação para atuar em tragédias e apenas dois Estados (Santa Catarina e São Paulo) possuem orçamentos específicos destinados à Defesa Civil.
Até o final do ano, a Sedec pretende estar interligada on-line às defesas civis de todas as capitais e de mais 120 municípios que já sofreram ou possuem potencial para sofrer desastre natural. Cada uma das corporações de salvamento vai receber do governo federal um telefone celular para ligações via satélite, um GPS (Global Position System), equipamento que dá as coordenadas de localização em qualquer ponto do globo, e uma câmara digital.
"Nas últimas quatro décadas, o governo só tinha uma atuação emocional diante das tragédias. Agia quando o desastre estava consumado. Agora, o país está se preparando para ter estratégias de prevenção, para agir antes que um desastre aconteça", disse Pimentel.
Até o final de julho, quando deve terminar a temporada de chuvas na região Nordeste, a Sedec vai manter em alerta as defesas civis nos Estados. "A nossa grande preocupação é que as encostas e as grotas estão saturadas e há possibilidade de deslizamento."
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Chuva já matou 104 pessoas neste ano no Nordeste
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da Agência Folha
Pelos menos 104 pessoas morreram em decorrência das chuvas que assolaram os Estados do Nordeste neste ano. De acordo a Sedec (Secretaria Nacional de Defesa Civil), apenas 7% dos 5.507 municípios brasileiros possuem Corpo de Bombeiros capacitado para atuar em desastres. Outro dado aponta que 120 cidades, mais as capitais, têm potencial para sofrer tragédias naturais.
A Paraíba foi o Estado que mais registrou mortes ocasionadas pela força das águas: 33, sendo pelo menos quatro, nesta sexta-feira, devido ao rompimento da barragem de Camará, em Alagoa Nova. Alagoas vem em seguida, com 29 mortes.
Entre os dias 31 de maio e 2 de junho, 23 pessoas, sendo 16 crianças, morreram em Maceió vítimas da chuva. A maioria delas morreu soterrada em deslizamentos de terra. Segundo avaliação preliminar da Defesa Civil, os prejuízos foram de R$ 2 milhões.
"As mortes que estão ocorrendo são exatamente onde as prefeituras não estão organizadas em suas defesas civis. Onde há preparo da população e do poder público para encarar o desastre, as perdas humanas são bem menores", afirmou o secretário Nacional de Defesa Civil, Jorge Pimentel.
Preparação
No Brasil, segundo a secretaria, 3.600 municípios possuem uma coordenação para atuar em tragédias e apenas dois Estados (Santa Catarina e São Paulo) possuem orçamentos específicos destinados à Defesa Civil.
Até o final do ano, a Sedec pretende estar interligada on-line às defesas civis de todas as capitais e de mais 120 municípios que já sofreram ou possuem potencial para sofrer desastre natural. Cada uma das corporações de salvamento vai receber do governo federal um telefone celular para ligações via satélite, um GPS (Global Position System), equipamento que dá as coordenadas de localização em qualquer ponto do globo, e uma câmara digital.
"Nas últimas quatro décadas, o governo só tinha uma atuação emocional diante das tragédias. Agia quando o desastre estava consumado. Agora, o país está se preparando para ter estratégias de prevenção, para agir antes que um desastre aconteça", disse Pimentel.
Até o final de julho, quando deve terminar a temporada de chuvas na região Nordeste, a Sedec vai manter em alerta as defesas civis nos Estados. "A nossa grande preocupação é que as encostas e as grotas estão saturadas e há possibilidade de deslizamento."
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