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09/09/2000
-
11h02
da Folha de S.Paulo
A empresária Rosane Arthur, 35 anos, está de mudança para uma cobertura avaliada em R$ 1,6 milhão. A reforma está indo de vento em popa. Com o apartamento ainda em obras, ela já sonha com a piscina aquecida e a academia de ginástica que ocuparão o segundo andar do duplex.
Rosane é uma representante típica da classe média que emergiu no Tatuapé: bairrista e cheia de dinheiro.
Nascida no bairro, filha de um despachante e de uma dona de casa, ela administra com o marido, Arnaldo Arthur Filho, 39, ex-morador da Mooca, uma empresa de ar-condicionado central. "Começamos com três funcionários e hoje temos 70", conta.
Se antes ela tinha de atravessar a cidade para fazer compras no Morumbi Shopping, hoje Rosane tem a poucos quarteirões de sua casa as lojas prediletas da família: Gregori, Brooksfield, Viva Vida, Guaraná Brasil, Vitor Hugo e H Stern. "Parece que vai abrir uma Ralph Lauren aqui. Hoje ninguém precisa sair do Tatuapé para nada", diz.
Na vizinhança, Rosane tem nomes ilustres. Ente eles, o ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, o jogador do Corinthians Ricardinho e o apresentador do programa Leão Livre, da TV Record, Gilberto Barros.
Os moradores do Tatuapé, mesmo os que fizeram fortuna, nem pensam em migrar para outros bairros. Lá, a vizinhança se conhece e se frequenta. Boa parte dos empreendimentos imobiliários são consumidos por antigos moradores.
"Não tenho motivos para migrar para a zona sul. Trabalho por perto, meus filhos estudam em excelentes colégios aqui. À noite a opção é um jantarzinho no Out Back, no Anália Franco", afirma Rosane.
Hoje o bairro tornou-se o sonho de consumo dos moradores da zona leste. O problema é que é difícil encontrar um imóvel por menos de R$ 100 mil.
A única opção econômica para quem quer se mudar para lá é o pedaço conhecido como Tatuapé de Baixo, do outro lado da linha do metrô, bem longe da região do Anália Franco, onde se concentram os prédios de luxo e o comércio sofisticado.
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Ascensão do Tatuapé mantém novos-ricos no bairro
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A empresária Rosane Arthur, 35 anos, está de mudança para uma cobertura avaliada em R$ 1,6 milhão. A reforma está indo de vento em popa. Com o apartamento ainda em obras, ela já sonha com a piscina aquecida e a academia de ginástica que ocuparão o segundo andar do duplex.
Rosane é uma representante típica da classe média que emergiu no Tatuapé: bairrista e cheia de dinheiro.
Nascida no bairro, filha de um despachante e de uma dona de casa, ela administra com o marido, Arnaldo Arthur Filho, 39, ex-morador da Mooca, uma empresa de ar-condicionado central. "Começamos com três funcionários e hoje temos 70", conta.
Se antes ela tinha de atravessar a cidade para fazer compras no Morumbi Shopping, hoje Rosane tem a poucos quarteirões de sua casa as lojas prediletas da família: Gregori, Brooksfield, Viva Vida, Guaraná Brasil, Vitor Hugo e H Stern. "Parece que vai abrir uma Ralph Lauren aqui. Hoje ninguém precisa sair do Tatuapé para nada", diz.
Na vizinhança, Rosane tem nomes ilustres. Ente eles, o ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, o jogador do Corinthians Ricardinho e o apresentador do programa Leão Livre, da TV Record, Gilberto Barros.
Os moradores do Tatuapé, mesmo os que fizeram fortuna, nem pensam em migrar para outros bairros. Lá, a vizinhança se conhece e se frequenta. Boa parte dos empreendimentos imobiliários são consumidos por antigos moradores.
"Não tenho motivos para migrar para a zona sul. Trabalho por perto, meus filhos estudam em excelentes colégios aqui. À noite a opção é um jantarzinho no Out Back, no Anália Franco", afirma Rosane.
Hoje o bairro tornou-se o sonho de consumo dos moradores da zona leste. O problema é que é difícil encontrar um imóvel por menos de R$ 100 mil.
A única opção econômica para quem quer se mudar para lá é o pedaço conhecido como Tatuapé de Baixo, do outro lado da linha do metrô, bem longe da região do Anália Franco, onde se concentram os prédios de luxo e o comércio sofisticado.
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