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18/07/2004
-
04h25
dos Cadernos Regionais da Folha de S.Paulo
A idéia de levar animais para o Parque Estadual da Ilha Anchieta, em Ubatuba, era para transformar o local em um centro de visitação com animais livres passeando no local, de acordo com o diretor do local, Manoel Fontes.
Em março de 1983, a Fundação Parque Zoológico de São Paulo, a pedido do governo do Estado, desembarcou 95 mamíferos na ilha.
Na opinião do biólogo Mauro Galetti, apesar de haver mata atlântica no local, isso não significa que há espaço e um ecossistema completo para simplesmente implantar qualquer animal na região sem um estudo prévio.
Ainda assim, nem todos os animais levados ao local eram originários de mata atlântica --um exemplo é o ratão-do-banhado, um roedor típico de pastagens alagadas do Sul do Brasil.
Uma outra questão é que, além dos animais e da quantidade, não há mais informações sobre as espécies que foram enviadas à ilha. Ou seja, os três veados que foram implantados no local poderiam ser todos machos ou fêmeas, de acordo com Galetti.
Um mistério que ronda a ilha é o tamanduá, pois apenas um indivíduo foi levado à ilha, mas os pesquisadores já encontraram cinco animais no local.
De acordo com Galetti, há três explicações: ou já havia algum indivíduo no local ou foi levada uma fêmea grávida, provavelmente de gêmeos, ou algum foi trazido do continente de forma clandestina.
Legislação
Quando os animais foram levados à ilha, o país ainda não tinha uma lei sobre zoológicos.
Tal norma, a lei nº 7.173, de dezembro de 1983, foi regulamentada apenas em 1989. Hoje, os zoológicos licenciados, como o de São Paulo, ainda respeitam a instrução normativa 04, implantada em 2002.
Com ela, estabeleceu-se que as instituições devem ter um caderno de entrada e saída dos animais, além de fichas veterinárias para cada indivíduo.
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Zoológico introduziu animais na Ilha Anchieta em 1983
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A idéia de levar animais para o Parque Estadual da Ilha Anchieta, em Ubatuba, era para transformar o local em um centro de visitação com animais livres passeando no local, de acordo com o diretor do local, Manoel Fontes.
Em março de 1983, a Fundação Parque Zoológico de São Paulo, a pedido do governo do Estado, desembarcou 95 mamíferos na ilha.
Na opinião do biólogo Mauro Galetti, apesar de haver mata atlântica no local, isso não significa que há espaço e um ecossistema completo para simplesmente implantar qualquer animal na região sem um estudo prévio.
Ainda assim, nem todos os animais levados ao local eram originários de mata atlântica --um exemplo é o ratão-do-banhado, um roedor típico de pastagens alagadas do Sul do Brasil.
Uma outra questão é que, além dos animais e da quantidade, não há mais informações sobre as espécies que foram enviadas à ilha. Ou seja, os três veados que foram implantados no local poderiam ser todos machos ou fêmeas, de acordo com Galetti.
Um mistério que ronda a ilha é o tamanduá, pois apenas um indivíduo foi levado à ilha, mas os pesquisadores já encontraram cinco animais no local.
De acordo com Galetti, há três explicações: ou já havia algum indivíduo no local ou foi levada uma fêmea grávida, provavelmente de gêmeos, ou algum foi trazido do continente de forma clandestina.
Legislação
Quando os animais foram levados à ilha, o país ainda não tinha uma lei sobre zoológicos.
Tal norma, a lei nº 7.173, de dezembro de 1983, foi regulamentada apenas em 1989. Hoje, os zoológicos licenciados, como o de São Paulo, ainda respeitam a instrução normativa 04, implantada em 2002.
Com ela, estabeleceu-se que as instituições devem ter um caderno de entrada e saída dos animais, além de fichas veterinárias para cada indivíduo.
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