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Garotinho e as frases infelizes

Cristina Veiga
Equipe GD

"Eu odeio o pecado e amo o pecador. Sou contra o homossexualismo, mas amo os homossexuais". Só essa declaração seria suficientemente infeliz. Mas ela não parou aí. "Sou contra porque não gostaria para os outros o que não desejo para mim". A frase não podia ser pior. É quase comparável à famosa frase dita pelo ex-prefeito paulista Paulo Maluf: "Estupra, mas não mata". A do homossexualismo é de outro político: o governador do Rio e pré-candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho.

Quanto mais o governador carioca tentava consertar o que dissera, mais se complicava. Garotinho ainda tentou melhorar sua afirmação. Disse que tinha amigos homossexuais com os quais "convive e a quem respeita e ama". A reação de um telespectador que assistia ao programa "Em Questão", da TV Gazeta, levou o pré-candidato presidencial a piorar ainda mais a sua própria situação. "Algumas pessoas exercem (o homossexualismo) de uma forma tão elegante que eu até admiro" (sic).

Não bastasse as declarações infelizes, o governador do Rio tentava se defender alegando que apenas dizia a verdade. E que, aliás, ele não temia perder votos por isso. Muito pelo contrário. "Isso é falar a verdade. O Brasil precisa de gente com opinião. Ninguém vai ser enganado por mim. O que eu penso, eu digo". Adivinha o que já aconteceu? Brasileiros que integram a Rede Internacional Cultural Gay e Lésbica puseram na Internet o texto com as frases. O objetivo é obter apoio de entidades de defesa dos direitos dos gays em outros países para um protesto contra o governador.

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"Sou contra homossexualismo mas amo os homossexuais"

Polêmica vai correr mundo pela Internet

 

 
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"Sou contra homossexualismo mas amo os homossexuais"

O governador do Rio, Anthony Garotinho (PSB), disse em São Paulo, em um programa de televisão, que é contra o homossexualismo mas ama os homossexuais. Citando a Bíblia, ele deu sua versão para a diferença entre o pecado e o pecador:

"Eu odeio o pecado e amo o pecador. Sou contra o homossexualismo mas amo os homossexuais. Sou contra porque não gostaria para os outros o que não desejo para mim", disse.

O pré-candidato do PSB à Presidência afirmou que tem amigos que são homossexuais com os quais convive e a quem respeita e ama. Com a reação de um telespectador, insatisfeito com a resposta, completou: "Algumas pessoas exercem (o homossexualismo) de uma forma tão elegante que eu até admiro".

Garotinho disse que também é contra a maconha. Segundo ele, se liberar as drogas fosse uma boa idéia, já teria sido adotada em outros países. O governador citou o caso da Holanda, onde o consumo foi legalizado, numa experiência que considera um desastre.

No programa "Em Questão", da TV Gazeta, Garotinho afirmou que não teme perder votos por causa de suas opiniões: "Isso é falar a verdade. O Brasil precisa de gente com opinião. Ninguém vai ser enganado por mim. O que eu penso, eu digo.

A discriminação contra o homossexualismo não é considerada crime pela legislação brasileira. Mas isso pode mudar em breve. Está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara um projeto de lei que transforma o preconceito contra homossexuais em crime hediondo. Nesse caso, se for preso em flagrante, o réu tem direito a pagar fiança para responder ao processo em liberdade. A proposta foi apresentada pelo deputado Nilmário Miranda (PT-MG) e já recebeu parecer favorável do relator, deputado Marcos Rolim (PT-RS).

Segundo Rolim, o relatório está pronto para ser votado pelo plenário da comissão. A sugestão de Nilmário é incluir na que trata dos crimes contra o racismo um novo trecho transformando o preconceito sexual em crime.

Na entrevista, Garotinho também ironizou as declarações do pré-candidato do PT Luiz Inácio Lula da Silva, que defendeu a união das esquerdas já no primeiro turno das eleições presidenciais: "Agora, que a coisa está engrossando, eles estão querendo união. Acho que devemos lançar todo mundo e, no segundo turno, vamos ver o que acontece".

(O Globo)

 

 
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Polêmica vai correr mundo pela Internet

As declarações do governador Anthony Garotinho contra o homossexualismo vão correr mundo: brasileiros que integram a Rede Internacional Cultural Gay e Lésbica puseram na Internet o texto com as polêmicas frases. O objetivo é obter o apoio de entidades de defesa dos direitos dos gays em outros países para um protesto contra o governador.

"O Garotinho pode dizer adeus para os 17 milhões de votos de gays do país. Estamos alertando homossexuais do mundo inteiro para saberem que um dos candidatos à Presidência no Brasil não respeita os gays", protestou o cantor lírico Raimundo Pereira, integrante da rede.

Entidades de defesa dos direitos dos homossexuais sequer descartam a idéia de processar o governador. Segundo militantes, ao dar uma opinião considerada preconceituosa, o governador errou feio.

"No momento em que batalhamos para conseguir o direito à união civil estável, um candidato a presidente dá provas de preconceito. Quem quer governar um país tem de aceitar seus cidadãos, independentemente de opção sexual", disse Raimundo.


(O Globo)

 

 
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