Combate
ao terrorismo não justifica violação
dos Direitos Humanos
Cristina
Mori
Equipe GD
A idéia
de que o uso da tortura seria justificável na luta
contra o terrorismo é um absurdo que vem circulando
na opinião pública norte-americana, saindo da
boca até mesmo dos não conservadores.
De maneira
velada, o FBI (polícia federal norte-americana) tem
sugerido a legalização da tortura diante do
fato de o órgão não ter conseguido ainda
extrair dos suspeitos de origem muçulmana presos qualquer
informação sobre a rede que teria articulado
os atentados de 11 de setembro.
O colunista
da revista Newsweek, John Alter, saiu com a seguinte pérola:
"Não podemos legalizar a tortura física,
é contrário aos valores americanos, mas não
poderíamos ao menos submeter os suspeitos à
tortura psicológica?".
Como alertou
a professora da USP Maria Victoria Benevides em recente depoimento
a respeito do tema, tornar a tortura um instrumento legal
para arrancar confissões consiste em uma violação
explícita dos Direitos Humanos.
"Os
Direitos Humanos foram virados do avesso", disse Maria
Victoria. "O que mais impressiona é que a violação
acontece em nome da defesa destes mesmos direitos", afirmou.
O bombardeio
de países que já estão em frangalhos
também compõe esta lógica invertida.
Não há dúvida de que ambos os casos tendem
a piorar o sentimento antiamericanista no mundo todo, e dar
mais força aos argumentos dos próprios terroristas.
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mais
- A
tortura torna-se o centro do debate nas investigações
de terrorismo
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