Estudantes
da USP promovem festival de vandalismo
Rodrigo
Zavala
Equipe GD
Nos últimos
dias, os jornais estamparam a baderna promovida por estudantes
da Universidade de São Paulo dentro de seus próprios
campi. Seja na Cidade Universitária ou em Ribeirão
Preto, os eventos protagonizados pelos alunos da USP mostram
como um protesto pela defesa do espaço público
pode ser transformado em vandalismo e baderna.
Os alunos invadiram e destruíram uma tenda montada
pela empresa Nokia na frente do Museu de Arte Contemporânea
(MAC), na Cidade Universitária. Ali seria realizada
uma festa para comemorar o avanço da empresa no Brasil.
O motivo dos estudantes era claro: são contra o uso
do museu para eventos privados. "MAC: museu ou centro
de convenções?", questionavam pichações.
Em vez
de fazerem um protesto pacífico, proporcionaram um
verdadeiro quebra-quebra, além de comerem e beberem
o que seria servido. Os protestantes ainda estão sendo
acusados pela empresa de roubo e agressão. Outro ponto
impressionante, apontado pelo jornal Folha de S.Paulo: os
alunos estavam com os rostos cobertos para não serem
flagrados por câmeras instaladas no MAC.
O vandalismo
dos estudantes não parou por aí. Alunos da Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) e da Faculdade
de Economia e Administração da USP (FEA) picharam
e destruíram patrimônios da instituição
pelo menos três vezes. A diferença nesse caso
é que não se trata de um protesto desorganizado
e mal concebido, e sim, rixas entre faculdades.
Para se
ter uma idéia, as agressões começaram
quando alunos da medicina, nus, entraram na moradia da Cidade
Universitária e quebraram carteiras, segundo alunos
de diferentes cursos da USP. A retaliação veio
rápido. O busto do fundador da FMRP, Zeferino Vaz,
apareceu com uma gravata contendo dizeres ofensivos.
Em vez
de darem uma lição de cidadania, defenderem
seu espaço, se organizarem para promoverem uma efetiva
mudança na democratização do Ensino Superior,
os alunos da USP protagonizam eventos, no mínimo, contrários
a esses conceitos.
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