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16/01/2008


Preço alto faz cérebro sentir mais prazer com vinho, mostra estudo

 

Se é caro, deve ser melhor. A desculpa esfarrapada do consumista inveterado foi agora demonstrada verdadeira, pelo menos segundo reações do cérebro de 20 voluntários em um estudo nos EUA. Bastou dizer que um vinho era mais caro que outro para as "cobaias" humanas acharem que ele era mais gostoso --mesmo quando se tratava da mesmíssima bebida. Péssima notícia para os amantes do vinho, excelente para os profissionais de marketing.

O cérebro reagia de acordo com o suposto preço da bebida, ativando sua área ligada ao prazer. O estudo reafirma que sensações prazerosas --seja da bebida, seja da comida ou seja do sexo-- estão mais no cérebro do que em órgãos sensoriais mais "diretos" das pessoas, como a língua ou a genitália.

Foi um experimento insólito. As "cobaias" degustavam cinco tipos de vinhos tintos varietais, da popular uva Cabernet Sauvignon, enquanto tinham seu cérebro monitorado por ressonância magnética. No aparelho de mapeamento cerebral, as áreas ativas apareciam iluminadas.

Quando algo gerava prazer, luzes surgiam na região conhecida como córtex orbitofrontal medial. Como estavam dentro do aparelho, as pessoas tinham de tomar a bebida usando tubos plásticos.

Ao recrutar os voluntários, o pesquisador Antonio Rangel, do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), pregara uma peça. Disse a todos eles que o teste era relacionado ao efeito do tempo de degustação na percepção dos sabores dos vinhos, que estavam identificados apenas pelo seus preços.

Mas, na verdade, não eram cinco e sim apenas três vinhos. Dois deles foram apresentados com seu preço real -- US$ 5 e US$ 90-- e depois com preços fictícios --o mais barato ficou 900% mais caro (US$ 45); e o mais caro ficou 900% mais barato (US$ 10). O terceiro vinho, de US$ 35, foi apresentado apenas com seu preço real.

As bebidas apresentadas como caras, no final, tinham recebido notas maiores mesmo que fossem baratas; mas a maior atividade cerebral indicava que havia real aumento do prazer.

"Nosso resultado sugere que o cérebro pode computar a sensação de prazer experimentada de modo muito mais sofisticado, que envolve integrar as reais propriedades sensoriais da substância sendo consumida com as expectativas de quão boa ela deveria ser", escreveram Rangel e seus parceiros. Seu estudo sai hoje na revista "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA.


Ricardo Bonalume Neto
Folha de S. Paulo


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