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capital humano

20/03/2008


Mulheres já são 52,4% dos novos empreendedores

 

Com 7,7 milhões delas à frente dos negócios, o Brasil é o sétimo colocado no ranking do empreendedorismo feminino mundial


O número de mulheres donas de empreendimentos iniciais (com até 42 meses de criação) supera o de homens pela primeira vez. Elas controlavam 52,4% dos negócios em 2007, ante 43,8% em 2006, segundo dados do GEM (Global Entrepreneurship Monitor), estudo do Sebrae e do IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade) que mede o grau de empreendedorismo mundial.
O desempenho das brasileiras supera o da média dos 42 países pesquisados (39% de participação). Com 7,7 milhões de mulheres à frente dos negócios, o Brasil conquistou a sétima posição no ranking mundial de empreendedores.

A taxa de empreendedorismo das brasileiras foi igual à dos homens -de 12,7%. O índice significa que, de cada 100 adultos de ambos os sexos, praticamente 13 estão envolvidos em atividades empresariais.

Já entre os negócios estabelecidos (com mais de 42 meses de criação), as mulheres têm apenas 38% de participação.

O coordenador do Programa de Estudos Avançados em Empreendedorismo da FGV (Fundação Getulio Vargas), Francisco Barone, acredita que as mulheres também ocuparão maior percentual nos empreendimentos consolidados em poucos anos. Para ele, a expansão feminina nos negócios é conseqüência das mudanças sociais do século 21. "Cada vez mais as mulheres ocupam espaços primeiramente masculinos, tanto em empregos formais como em empreendimentos."

A pesquisa dividiu os empreendedores entre os que abrem um negócio por necessidade de sustento e aqueles que o fazem para aproveitar uma oportunidade de mercado. Enquanto a maioria das mulheres empreende para se sustentar (63%), entre os homens o percentual é de 38%.

"As mulheres do Brasil estão indo à luta, por necessidade. Mas, com certeza, quanto mais o país se desenvolver, mais elas vão empreender por oportunidade", afirma o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto.

Para a coordenadora do projeto GEM, Simara Greco, os empreendimentos por necessidade são mais freqüentes entre as mulheres porque muitas delas precisam conciliar as atividades domésticas e o cuidado dos filhos com o negócio. "Acaba se tornando uma atividade secundária para elas, apenas para complementar a renda."

O Brasil no GEM
Sem considerar a distinção por gênero, o Brasil passou de décimo para nono colocado no ranking do GEM de 2007. Ao todo, o país possui 15 milhões de empreendedores iniciais.

Um dado do estudo que não agradou aos analistas foi que 46% desses empreendedores brasileiros não pensam em contratar funcionários ao longo de cinco anos -a média mundial é 30%. Apenas 3% deles têm intenção de empregar mais de 20 pessoas.

Para Barone, essa visão é conseqüência da legislação trabalhista. "Antes de contratar, o empresário lembra que a Justiça do Trabalho brasileira sempre prejudica o empregador."

Marina Gazzoni
Folha de S.Paulo


Seade vê baixa escolaridade e SP muda viés
de capacitação

Entre trabalhadores de 30 a 44 anos, 40% não têm ensino fundamental completo

Pesquisa mostra redução acentuada de vagas na agropecuária e dificuldade de encontrar mão-de-obra mais educada para serviços


Entre os paulistas com mais de 15 anos, 42% não têm o ensino fundamental completo. O percentual sobe para 54% entre as pessoas entre 45 e 49 anos e é de 40% entre os que têm de 30 a 44 anos, faixas que concentram os trabalhadores.
No Estado mais rico do país, 50% dos empregados com carteira assinada têm hoje idades entre 30 e 49 anos. Além de serem pouco escolarizados, eles se concentram na faixa que mais sofre com as mudanças no mercado de trabalho.

Por causa da redução da taxa de fertilidade no Estado (hoje em um patamar considerado de "reposição", de 2,1 filhos por mulher), a economia paulista ficará cada vez mais dependente dessa mão-de-obra com idade um pouco mais avançada.
Basicamente, hoje os trabalhadores dessa faixa saem em massa do setor agropecuário, onde a escolaridade exigida é mínima, para tentar vagas em profissões que demandam -cada vez mais- ao menos saber ler e escrever e fazer as quatro operações matemáticas.

Esse diagnóstico sobre o mercado de trabalho paulista e suas mais recentes mudanças foi apresentado ontem pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) e realizado por encomenda da Sert (Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho).

Participaram ativamente do trabalho, inclusive confirmando as tendências encontradas na pesquisa, 625 municípios do Estado.

As conclusões devem orientar uma alteração importante no atual sistema de treinamento de mão-de-obra no Estado. Do total de 200 horas hoje destinadas à capacitação de pessoal para profissões onde a demanda é crescente, 120 horas serão destinadas exclusivamente à reeducação básica.

Na apresentação dos resultados, a diretora-executiva da Fundação Seade, Felícia Reicher Madeira, afirmou que faltavam diagnósticos mais precisos para orientar as políticas no setor.

"Entre 2005 e 2007, foram oferecidos cerca de 10 mil cursos gratuitos pelas administrações municipais no Estado de São Paulo, totalizando mais de 800 mil vagas. A despeito de tais esforços, permanece um mistério o impacto desses cursos na trajetória ocupacional dos participantes", disse.

Sobe-e-desce
Entre homens e mulheres em todo o Estado, os setores de pior desempenho em termos de criação de vagas em 2007 foram, entre outros, o da cana-de-açúcar e de cultivo de árvores frutíferas, seguidos pelo agropecuário em geral.

Na contramão, as vagas formais aumentaram mais rapidamente na construção civil e no setor de serviços como um todo, área cada vez mais exigente em termos de escolaridade.

Em termos absolutos, o setor de serviços já representa mais de 66% do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado. A fatia da indústria é de 31,7% e a da agropecuária está restrita hoje a menos de 2% do total.

Em termos geográficos, apenas 38 municípios do Estado concentram 75% do PIB paulista, o que pode permitir um direcionamento mais efetivo para essas regiões das novas políticas para a capacitação de mão-de-obra no Estado.

Reeducação
Segundo o titular da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, o Estado de São Paulo pretende aplicar a nova sistemática envolvendo mais "banco escolar" entre 30 mil pessoas em 2008. O número subiria para 60 mil em 2009 e atingiria 90 mil até 2010.

A reeducação deve ocorrer em parcerias com o Centro Paula Souza, o Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo e os integrantes do chamado sistema "S" (Sesc, Senai e Sesi, entre outros).

A idéia é que essas entidades forneçam os professores. Em alguns casos, as salas de aula serão tomadas de empréstimo de universidades privadas em horários de ociosidade.


Fernando Canzian
Folha de S.Paulo

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