O Ministério da Educação quer estimular
cursos de residência médica, MBAs e outras especializações
a se tornarem mestrados profissionais, o que daria aos seus
alunos a possibilidade de fazer um doutorado logo depois.
Para isso, será criada na Capes, autarquia ligada ao
MEC que cuida da pós-graduação, uma área
técnica que analisará exclusivamente propostas
de programas de mestrados profissionais, modalidade "stricto
sensu", que se caracteriza por enfatizar mais o ensino
prático do que o acadêmico.
Uma portaria do Ministério da Educação
que será publicada hoje estabelece critérios
específicos para a autorização e a avaliação
desses cursos.
O ministro Fernando Haddad (Educação) acredita
que muitos cursos de especialização "lato
sensu", hoje, já se enquadrariam nesses critérios.
Eles estabelecem, por exemplo, que o corpo docente deverá
ser formado por professores com experiência profissional,
mesmo aqueles que têm carreira acadêmica.
O curso terá que exigir um trabalho final, que poderá
ser tanto em formato de dissertação como de
patentes, composições musicais, entre outras
possibilidades.
O estudante desse tipo de mestrado também poderá
receber uma bolsa da Capes, diferentemente do que ocorre hoje,
caso sua formação se dê em uma área
que o governo venha a considerar estratégica.
O valor seria o mesmo pago hoje aos estudantes do mestrado
acadêmico, ou seja, R$ 1.200 mensais.