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26/11/2007


Preços de serviços sobem mais que a inflação média

 

Aumento de renda e emprego eleva custo de serviços como cabeleireiro e pedreiro

Em 12 meses até outubro, serviços de conserto de eletrodomésticos sobem 5,62% e de costureiras, 8,92%; o IPC foi de 4,56%


Os serviços de cabeleireiros, manicures, pedreiros e costureiras estão mais caros. Com a expansão da renda e do emprego, aumentou a procura por serviços domésticos, médicos e pessoais. Resultado: os preços de prestadores de serviços sobem mais do que a média da inflação.

De janeiro a outubro deste ano, os preços de 62 serviços considerados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) registraram alta de 4%, em média, em São Paulo, enquanto que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) foi de 3,05% no mesmo período.

Desde 2005, os preços dos serviços vêm subindo mais do que a inflação. "Quando a economia brasileira começou a ficar mais robusta com a melhora dos indicadores de vendas, renda e crédito aumentaram a procura e os preços dos serviços. Essa é uma tendência que deve ser mantida, já que indicadores econômicos continuam positivos", diz Márcio Nakane, coordenador do IPC da Fipe.

Nos últimos 12 meses terminados em outubro, a Fipe constatou que os preços de serviços de reparos de eletrodomésticos subiram 5,62%; de cabeleireiros, 8,30%; de costureiras, 8,92% e, de lavanderias, 5,60%. O IPC no período foi de 4,56%.
"Não é um aumento extraordinário. O que explica a elevação de preços de serviços é uma evolução mais favorável da demanda, que está em expansão no país, e que possibilitou recuperação de preços que estavam defasados", afirma Heron do Carmo, professor da FEA-USP.

O brasileiro está mais seguro em relação ao emprego e à renda e tem mais facilidade para obter crédito, como mostram vários indicadores. "Se compra com mais prazo e paga uma prestação menor, sobra mais dinheiro para gastar com cabeleireiro, manicure, lavanderia e pedreiro, que têm mais espaço para aumentar preços", diz.

Francisco Ferreira, presidente da Associação dos Profissionais dos Institutos de Beleza de São Paulo e Interior, diz que a demanda por serviços de beleza subiu 30% de abril até agora e que os preços estão mais altos. "Os salões de cabeleireiros são termômetro da economia, e dá para afirmar que a economia vai bem", diz Ferreira.

A associação montou no início deste ano uma agência de emprego para qualificar profissionais. "Não temos ninguém lá, pois quem passou na agência [cerca de 200 pessoas] já está empregado. Atualmente faltam manicures nos salões", afirma.
Os preços dos serviços dos cabeleireiros subiram, segundo informa Ferreira, mas ainda estão defasados em cerca de 40% em relação aos custos dos salões. "Cada produto novo que é lançado vem com preço mais alto, e o dono do salão acaba tirando do lucro dele para não reajustar preços dos serviços."

Para as lavanderias, apesar dos reajustes entre 5% e 6% verificados nos últimos 12 meses, os preços estão abaixo do que deveriam estar. "O aumento da oferta é superior ao da demanda. Em março do ano passado, os preços subiram entre 6% e 7% após dois anos sem reajustes. A lavagem de um termo custa hoje cerca de R$ 21, mas deveria custar R$ 24. Estamos sofrendo com custos de aluguel, energia, salários e insumos químicos. As embalagens plásticas que utilizamos acabaram de subir 8,5%", diz Rui Torres, que tem duas lojas franqueadas da rede Lavasecco.

Os custos dos serviços de sapatarias e oficinas de costura também estão mais altos, segundo Kátia Tung, que tem franquias da rede Golden Services (Sapataria do Futuro). "Os preços dos produtos derivados de petróleo estão mais caros, assim como os salários. Se essa tendência se mantiver, seremos obrigados a aumentar os preços dos serviços par manter o equilíbrio da loja", afirma.

Fátima Fernandes
Folha de S.Paulo

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