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boca no trombone

"Quem vai melhorar este país somos nós",
Mauricio Antonio

"Por que Marta não fez a obra próximo da casa dela",
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palavra do leitor

"Aqui, o PT ganhou as eleições. Mas, sem sombra de dúvidas, perdeu a vergonha",
Pedro Bira

"Em breve, teremos um país vermelho de vergonha!",
Antonio Brandi


29/09/2006
Carta da semana

Educação em período eleitoral

"Em períodos eleitorais o cidadão é submetido a promessas sem conteúdo, discursos prontos, e acaba se sentindo perdido diante de tanta falsidade. Dentre as propostas, é consenso à citação de áreas como educação, saúde, cultura e emprego por parte dos candidatos, muitas vezes sem o mínimo de embasamento e profundidade na proposta. É nítido que essas áreas precisam mais do que urgentemente de investimentos sérios, e que o campo educacional talvez seja o melhor caminho. Entretanto, como as reformas necessárias não são eleitoralmente viáveis, esses recursos acabam sendo deixados de lado.

A escola necessita de reformas estruturais que vão além do que a construção de prédios e aquisição de equipamentos. A instituição pedagógica não acompanhou o desenvolvimento tecnológico e se nega a utilizar alguns meios que são facilitadores do aprendizado. Ressalta-se que a introdução de tecnologia deve acoplar valorização do raciocínio, rapidez de interpretação e facilitação de comunicação. As matérias ensinadas são as mesmas repassadas há décadas atrás. As disciplinas como matemática, física e química, são instrumentos de compreensão dos fenômenos mundiais, mas num mundo globalizado e dinâmico em que vivemos outros temas também são importantes nessa captação e mesmo assim a escola assume uma postura cômoda e desinteressada de mudança. Métodos como a informática, música, esporte e política são exemplos dessa diversidade que a escola despreza na interpretação.

O ensino praticado nas salas de aula também não oferece qualidade. Professores mal remunerados, desmotivados, livros didáticos falhos, alunos despreparados são caminhos que sugerem a má qualidade de alguns estabelecimentos. Com isso, a participação no mercado de trabalho se dá de forma desigual. O problema de inserção e oferecimento de vagas para o ensino superior é um problema emergente principalmente no ensino. O processo adotado como seletivo para a distribuição de vagas nas universidades é o vestibular, que se mostra atrasado, injusto e desonesto. A supressão de camadas como os pobres, negros e índios não se dá por conta de sua etnia ou quantidade patrimonial e sim pelo método excludente que é o vestibular. Outro problema que o vestibular trouxe é a transformação do Ensino Médio em escola pré-vestibular sem o cumprimento de um ensino de qualidade e de conteúdo, transformando o aluno e professor máquinas de ingresso à universidade. Esse estilo provoca um ensino de conteúdos desnecessários e uma quantidade de informação repassada sem a interpretação devida dos fatos. Com isso o aprendizado se torna superficial e inútil no desenvolvimento do cidadão.

Esses problemas e suas respectivas soluções de resolução fácil ainda não foram percebidos pela sociedade ou não tiveram sua repercussão acentuada, talvez por ser um movimento que exija mudanças em conceitos que mexam na estrutura arcaica e egoísta vigente das instituições sociais. Para os elementos da sociedade nada parece incomodar até ser atingido e discriminado por essas medidas. Para os indivíduos do poder isso não parece viável na sua carreira, já que a repercussão em curto prazo é pequena e anônima.

O problema educacional brasileiro é simples de ser feito e resolvido, porém difícil e duro de ser enfrentado, pois exige inteligência, seriedade, honestidade na sua resolução. E isso só se concretizará quanto os cidadãos perceberem que o Brasil precisa assumir uma postura independente e uma identidade nacional enquanto país, para acabar com as mazelas da violência, exploração infantil, desigualdade social, e corrupção",

Guilherme Vidal - guividal@gmail.com

CIDADÃO JORNALISTA é um espaço destinado aos leitores e ouvintes que ao relatarem fatos e experiências de sua cidade, comunidade e cotidiano, tornam-se repórteres por um momento.

 
 

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