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REFLEXÃO


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pensata
01/02/2005
Como acabar com FHC

Existe um meio rápido e eficaz de acabar com a imagem do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: fazê-lo aceitar a candidatura ao governo de São Paulo, como vem sendo articulado em setores do PSDB. Mesmo se ganhar a eleição, ele terá se submetido a um cargo inferior ao de presidente da República. Se perder, pior ainda.

Sou dos que acham que FHC foi um bom presidente. Até mesmo na área social, em que o acusam de pouco ter feito, ele realizou notáveis avanços em saúde e educação, além de ter deixado estruturas mais sólidas nos programas de distribuição de renda. É um patrimônio e tanto; tenho certeza de que, com o tempo, será ainda mais reconhecido.

Deveríamos tirar lições do exemplo dos Estados Unidos, em que ex-presidentes, apesar de suas fidelidades partidárias, são sempre chamados pelos governos para ajudar em questões tópicas e até como conselheiros. É uma maneira de demonstrar respeito aos processos democráticos e valorizar as escolhas populares.

O melhor e mais sensato caminho de FHC é ser um dos mais políticos que, por sua experiência, deveria, nessa altura de sua vida, estar à disposição de todos e não apenas de um partido. Essa atitude é a que está do tamanho do presidente. Lula ficaria maior se pudesse ouvi-lo mais e chamá-lo para mais tarefas públicas.

Somos uma nação de poucos políticos preparados, com forte formação acadêmica, experiência administrativa e respeito internacional. É no mínimo sensato que preservemos essas raridades nacionais.

Coluna originalmente publicada na Folha Online, na editoria Pensata.

   
 
 
 

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