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REFLEXÃO


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pensata
05/01/2004

Deu no "The New York Times"

Sei que tem um toque provinciano, mas não deixa de ser emocionante estar em Nova York, sábado de manhã, abrir o "The New York Times" e ver uma reportagem, com direito a generosa chamada de primeira página, sobre uma invenção social brasileira – questão social brasileira, na imprensa estrangeira, geralmente mostra desgraça, matança, selvageria.

A reportagem indicou como a bolsa-escola virou, no Brasil, uma proposta suprapartidária, capaz de melhorar a educação, reduzir a pobreza extrema e, ao mesmo tempo, disseminar-se pelo mundo. É, de fato, uma das melhores idéias sociais do país, embora muito tenha para ser aperfeiçoada, a começar do fato de que, no geral, a escola pública é ruim.

Nessa experiência, há algumas valiosas lições, a serem pensadas neste ano. Duas delas: 1) proposta social boa é aquela que tem foco, não se dispersa, capaz de ser avaliada permanentemente. 2) Não deve ser um projeto de um indivíduo, de um partido ou de governo, mas de toda uma nação, para que independa das veleidades.

Se Lula conseguir ampliar a Bolsa-Família, que absorveu a bolsa-escola, agregando governadores e prefeitos, terá marcado um gol social - e teremos um dos mais importantes programas do mundo de complementação de renda.



Coluna originalmente publicada na Folha Online, na editoria Pensata.

   
 
 
 

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