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REFLEXÃO


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pensata
06/09/2005
Quanto custa um Severino?

Severino Cavalcanti é mais do que Severino Cavalcanti. Ele simboliza a figura do político cujos interesses pessoais estão distantes dos interesses públicos.

Não se pode dizer ainda se é verdade ou não que ele tenha recebido propina para manter um restaurante na Câmara. E ninguém tem o direito de puni-lo nem condená-lo enquanto o caso não for esclarecido. Uma regra de ouro da democracia é que as piores pessoas merecem a presunção da inocência.

Mas como Severino virou um símbolo --isso graças às suas defesas de favores a amigos suspeitos e de aumentos de salários a seus colegas-- a opinião pública, justa ou injustamente, já o condenou.

A lição é a seguinte: se existe o Brasil Severino, aquele das mamatas, dos favores, existe o Brasil anti-Severino, que está cansado de pagar tanto para o poder público e receber tão pouco de volta. Para esse país, ele pode se explicar à vontade, mas nunca será respeitado.

Severino custa caro. Sua mais recente obra foi ajudar a derrubar veto que impedia aumento dos funcionário da Câmara e no Senado. O que custou R$ 600 milhões.

Coluna originalmente publicada na Folha Online, na editoria Pensata.

   
 
 
 

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