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REFLEXÃO


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pensata
12/04/2005
Escravo não é coisa de nordestino

Estamos acostumados a imaginar que trabalho infantil ou escravo, duas das mais perversas formas de exploração do ser humano, limitam-se às fazendas do Nordeste ou da Amazônia. E, então, nós "civilizados" e urbanos ficamos comovidos com tanta barbárie, praticada bem longe.

Uma campanha lançada em São Paulo, a cidade mais global e tecnologia avançada do país, ajuda a desmistificar essa pretensa superioridade. Com o slogan "não dê esmola, dê futuro", poder público e entidades comunitárias querem evitar que crianças continuem a ser exploradas nos semáforos pelos adultos. São, na prática, escravas; tudo o que ganham vai para os adultos.

Dizem que é difícil mudar essa realidade, que essa campanha é inútil. Ou seja, meninos escravos, em pleno terceiro milênio, espalhados aos olhos de todos, na maior cidade brasileira, fariam parte indissolúvel da paisagem. Até, quem sabe, pode ser.

Mas aí teremos de decretar nossa incompetência coletiva, a começar da elite e dos governantes, para enfrentar as formas mais perversas de exploração do ser humano.

Coluna originalmente publicada na Folha Online, na editoria Pensata.

   
 
 
 

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