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REFLEXÃO


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pensata
12/09/2006
Heloísa Helena, a mulher-Collor

São muitas as semelhanças entre as candidaturas de Fernando Collor e Heloísa Helena: ambos são jovens, temperamentais, metidos a "prendo-e-arrebento", vêm de Alagoas, apóiam-se num partido pequeno, apresentam-se como "paladinos da moralidade" e diferentes dos políticos tradicionais. Confundem agressividade com falta de educação.

O que para Collor era o "marajá", para Heloísa Helena é Lula. Assim como o ex-governador alagoano, a senadora tem soluções fáceis e rápidas para problemas complexos.

Não se pode dizer que, se eventualmente eleita, Heloísa Helena acabasse nos braços de um algum PC. Mas dá para dizer que, caso sua terapia econômica saísse do papel --a redução abrupta dos juros, o controle de capitais, o aumento dos gastos públicos--, ela teria dificuldade de cumprir seu mandato por causa da escalada inflacionária.

Dizem que nunca se viu uma eleição tão chata como a atual. Verdade. Mas isso é reflexo de amadurecimento, resultado de um longo e doloroso aprendizado. Parte desse aprendizado revela que os eleitores estão menos propensos a salvadores da pátria, sejam do PT ou do PSDB.

Se tipos como Heloísa Helena estivessem na frente, estaríamos num pleito muito emocionante, mas metidos em mais uma aventura do tipo Collor.


Coluna originalmente publicada na Folha Online, editoria Pensata.

   
 
 
 

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