REFLEXÃO


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pensata
17/09/2007

Quem vai salvar São Paulo?

Entre motos e automóveis, a cidade de São Paulo ganha, por ano, 317.550 novos veículos, segundo reportagem do jornal o "Estado de S.Paulo". São mais de 820 por dia. Esse ritmo está levando alguns especialistas a perguntar se, por causa do aumento contínuo, a cidade não vai se tornar, em futuro breve, uma nova Vila Parisi, a área conhecida como Vale da Morte, em Cubatão.

Essa é uma das reflexões nesta semana em que a população se mobiliza em favor do Dia Sem Carro.

Com a redução dos preços dos automóveis, um maior acesso ao crédito e a queda dos juros, São Paulo, que já tem cadastrados mais de 5 milhões de carros --sem contar os veículos que vêm dos municípios vizinhos--, corre o risco de tornar sua mobilidade cada vez mais insuportável, não só prejudicando a saúde e a qualidade de vida mas afastando investimentos. Técnicos estão prevendo o apagão do trânsito.

Por medo de perder votos, os políticos locais se recusam a falar em pedágio urbano e até mesmo na ampliação do rodízio. O pedágio vem se mostrando, em todo o mundo, como uma saída para tirar os carros da ruas e financiar o transporte público.

Alguém (e não há ninguém, por enquanto, à vista) terá de ser corajoso o suficiente (e pensar na cidade acima de sua eleição) para enfrentar esse colapso, limitando a circulação de automóveis. Vai apanhar muito, mas, certamente, estará entre os estadistas paulistanos.

É apenas uma questão de tempo. O rodízio teve impacto negativo quando foi criado, mas hoje seria uma insanidade pensar em eliminá-lo.


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Coluna originalmente publicada na Folha Online, editoria Pensata.

   
 
 
 

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